Artigo: Porque não voto no PT

Solto minhas amarras, arregimento minha coragem, elevo bem alto meu brado de liberdade e digo porque não voto no PT

Maria Lúcia Victor Barbosa

Não voto, porque o PT essencialmente nada mudou com relação a mentalidade totalitária que marca, palavras, atitudes e comportamentos dos seus membros. Estes continuam agressivos, sectários, intimidam e patrulham os que discordam do seu modo de pensar e são a antítese da democracia. O episódio com a atriz Regina Duarte, que participou do programa eleitoral gratuito defendendo seus pontos de vista e fazendo sua escolha pelo candidato José Serra, ilustra bem a intolerância desse partido. Ele somente autoriza artistas a se pronunciarem se for a seu favor. A Regina Duarte hipoteco meu apoio, minha irrestrita solidariedade e aplaudo de pé sua coragem.

Não voto no PT porque petistas se julgam donos da verdade, sem perceber que não existe verdade absoluta. Eles convivem mal com a diversidade e o contraste e não aceitam que contrariem seus dogmas. Com isso, afrontam a liberdade e, por isso, não dou meu voto ao seu candidato.

Não voto no PT porque seus adeptos humilham, achincalham e perseguem os que não rezam por sua cartilha. Que o digam aqueles que pertencem aos meios universitários e não comungam com esses arrogantes defensores de uma nebulosa categoria chamada povo, em nome do qual o Partido dos Trabalhadores pretende impor suas regras, freios e vontades.

Não voto no PT porque seus seguidores desqualificam todos aqueles que não fazem parte de suas fileiras, mesmo quando possuem alto valor intelectual e moral. Essa desqualificação tem estado exacerbada nesta campanha e têm sofrido agressões e insultos, entre muitos, jornalistas do quilate de João Mellão e intelectuais do porte de Denis Rosenfield e Olavo de Carvalho. O PT sofre de aristofobia e seu medo aos melhores significa que seus militantes não suportam o contraste gritante entre eles mesmos e os “aristoi”. Inclusive, seu candidato, pelo despreparo que apresenta, não pode permitir comparações, o que explica porque ele foge dos debates na TV como o diabo da cruz. Alias, Lula é apenas um mito, uma miragem, uma falsa imagem construída. Ele não tem a menor condição de governar o País, menos por não possuir um diploma e mais porque não tem e nem quis ter a mínima experiência em cargos administrativos de qualquer tipo. O senhor Lula da Silva que, ironicamente é presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, é um boa vida, um parasita de luxo do seu partido que paga suas viagens e sustenta seu elevado padrão de vida que nada tem a ver com os miseráveis que ele aparenta defender, entre um gole e outro de vinho que custa R$ 6.000,00 a garrafa. O PT cultiva o senhor Lula da Silva para conservar o símbolo do homem humilde, do pobre operário, do sujeito puro de coração. Assim, Lula supre o carisma que não tem a partir da encarnação do homem comum, e parte para a conquista das massas ansiosas por um pai, um salvador, um protetor que lhes prometa o impossível e o impensável. É desse modo que o PT cultiva o populismo, tão caro aos latino-americanos, e envereda rumo aos modelos dos caudilhos Fidel Castro e Hugo Chávez, grandes companheiros de Lula., arregimentadores das massas que acionam para justificar os seus desmandos e o seu arbítrio. Esse Lula que promete mudanças e vai bem nas pesquisas, é como aquela mancha na vidraça que o povo julgou ser a imagem de Nossa Senhora. Como a Nossa Senhora da janela, o Lula dos muitos votos não existe. Ainda assim, do alto de sua majestosa nulidade, o candidato agora deu em hostilizar autoridades internacionais, como o representante comercial americano Roberto Zoellick, a quem chamou de “sub do sub”, depois de dizer que se recusava a “interpretar a fala de uma cara que não conheço”. Antes Lula havia chamado de picareta, Armando Valldares, escritor cubano que conheceu em 22 anos de cárcere como funcionam os direitos humanos na Ilha do ditador Castro. O candidato do PT caminha, pois, entre o grotesco e o ridículo, e palmilha triunfante a estrada dos seus pronunciamentos infelizes. Quem não se lembra de que ele que chamou a Argentina de Republiqueta? Imagine-se, por essas e por outras, como seríamos representados no panorama internacional se o iceberg Lula, que já está quase afundando o barco do Estado, levasse a melhor nessas eleições.

Também não voto no PT por conta das ligações desse partido com as Farcs, e do entusiasmo dos seguidores por figuras nefandas como as de Osama Bin Laden e Saddam Hussein. Não gosto de terroristas e, por isso reafirmo, que não voto nesse partido.

Termino afirmando que não tenho medo de ser feliz, mas minha felicidade não passa pelo PT, muito pelo contrário. Aliás, foi só Lula aparecer nessa campanha para a Nação se infelicitar.

Quem quiser, que vote no senhor Lula. Eu só tenho um voto, mas é meu e não vou dá-lo ao PT.

Maria Lucia Victor Barbosa, cidadã brasileira.
E-mail: mlucia@sercomtel.com.br

www.direito.com.br

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