O abafa pró-Lula

Nunca em minha vida vi um esforço de mídia tão feroz, mentiroso e, diga-se, tão competente em prol de uma causa.

Nivaldo Cordeiro

Os estrategistas da candidatura Lula conseguiram transformar a maioria da população brasileira em um rebanho de tontos, bois de pastos puxado pela argola do nariz, desprovida de senso crítico e de capacidade de julgamento. Tornou-se um rebanho de imbecis coletivos. É um espetáculo deprimente, mas não podemos culpá-la pelo que acontece. É muito difícil resistir à mentira sistemática que se estende por anos e anos. Só alguns poucos é que puderam conseguir escapar à ilusão demoníaca.

Lula é apresentado como o candidato do desenvolvimento, da ascensão social, da esperança, da modernidade e contra a globalização. Ele, na verdade, representa precisamente o oposto de tudo isso: é o contra-desenvolvimento, é a expressão do empobrecimento e regressão social, é a proposta de globalização mais nefanda, que conspira contra os direitos individuais, é o governo mundial esquerdista, é a desesperança pelo perigo que representa de conflagração violenta em proporções nunca vistas no Brasil, é o atraso político e social da pior espécie. Isso sem falar no seu despreparo pessoal e de estar cercado por pessoas que tomaram armas contra o governo brasileiro legitimamente constituído, pondo-se a serviços de potências estrangeiras, em traição à Pátria. São pessoas moralmente inferiores e de duvidosa competência administrativa.

Por isso não me surpreendeu o tom encomiástico exaltado dos artigos publicados hoje na página três da Folha de São Paulo, de autoria de Alain Touraine e de Boaventura de Souza Santos. O primeiro tem sido considerado o guru de FHC e a sua postura apenas confirma que o nosso presidente tem preferência pela candidatura do PT. Podemos dizer que, de algum modo, “trairou” o candidato do seu partido, o PSDB. Pelo menos o autor é sincero quando diz:

“Mas o Brasil pode fazer uma escolha que fará dele o líder do grande movimento mundial de rejeição de uma hegemonia americana que já deixou de ser aceitável para grande parte do mundo. O futuro de todos nós depende menos de mudanças na conjuntura econômica do que de nossa capacidade de sermos atores responsáveis por nossa história. Lula tornou-se o símbolo dessa política voluntarista, de um desejo de intervenção democrática e pacífica num mundo submetido há tempo demais a forças impessoais que se preocupam com lucros muito mais do que com o bem-estar e que, em nome do “laissez-faire”, negam-se a combater a desigualdade”.

Touraine, enquanto representante da elite ideológica esquerdista mundial, disse tudo. Esperam que o Brasil seja a Rússia do século XXI e o seu Cavalo de Tróia é “Lulinha Paz e Amor”, já que aqui jamais tiveram competência para tomar o poder pelas armas. O que eu realmente não espero é que os tontos de tanta mentira, a maioria da população, ao acordarem, não reajam. O Brasil está prenhe de violência revolucionária.

Já o lusitano Boaventura de Souza Santos é menos sofisticado e mais provinciano do que o seu camarada francês, mas está possuído de um entusiasmo muito mais juvenil. Até parece um militante de centro acadêmico. Aproveita também para dourar a pílula e contar mais uma mentirinha a favor do Lula Lá:

“No plano internacional, a vitória de Lula significa a credibilidade de uma transição pacífica e gradual por parte de um grande país para um novo pacto financeiro e econômico global, mais equilibrado e mais comprometido com o bem-estar dos cidadãos.

Como vemos, pessoas como esses homens acham que em 01/01/2003 será restaurada a utopia sanguinária que pregam e defendem com unhas e dentes.

A realidade é bem outra. A produção industrial despenca, a inflação sobe, o emprego regride, o salário real despenca e o dólar, bom, esse é o indicador mais precioso das nossas mazelas. Tudo que esses homens sem alma, que estão fazendo tudo para chegar ao poder, tem conseguido, é prejudicar os investidores nacionais e estrangeiros, eliminando a confiança e destruindo qualquer esperança de prosperidade para o País. Não é possível construir riquezas sem o concurso da empresa privada. O Estado e seus agentes não passam de parasitas e não como traças: onde chegam, devoram tudo.

Meu coração está pequeno de tanta ansiedade. Sei que a grande tragédia virá e não mais é possível evitá-la. Que Deus se apiede de todos nós!

Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.hpg.ig.com.br

fonte:www.direito.com.br

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