TJ-MS mantém júri popular para acusados de matar jovem em racha

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) negou a mudança de tipificação de crime e manteve a decisão de levar à júri popular os acusados pela morte da jovem Mayana de Almeida, de 23 anos, durante um racha em Campo Grande. No mês de junho, a defesa dos acusados solicitou que o crime fosse classificado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

O pedido foi negado por unanimidade pelos desembargadores da 1ª Turma Criminal durante sessão de julgamento nesta segunda-feira (25) e a tipificação do crime foi mantida como homicídio doloso (quando há intenção de matar).

Mayana morreu no dia 14 de junho de 2010, em um acidente no cruzamento da rua José Antônio, com a avenida Afonso Pena, uma das mais movimentadas da cidade. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, por volta das 3 horas (horário de MS), o acusado Anderson de Souza Moreno avançou o sinal vermelho e colidiu com o veículo de Mayana.

Segundo informações do inquérito policial que investigou o caso, no dia do acidente, Anderson apresentava sinais de embriaguez e se recusou a fazer testes de alcoolemia.

O Ministério Público aponta ainda que, no momento da colisão, Anderson disputava um racha, com Willian Jhony de Souza Ferreira, acusado como co-autor do crime. Pessoas que estavam no local e viram o acidente informaram à Polícia Civil que os dois estavam conduzindo seus automóveis em alta velocidade.

O advogado de defesa de Willian, Abdalla Maksoud Neto, informou ao G1 que seu cliente nega que tenha partcipado de ‘racha’ no dia do crime. A defesa de Anderson, feita pelo advogado Coaraci Nogueira de Castilho, alega que as provas de que ele desrespeitou a sinalização semafórica são contraditórias e insuficientes. Os advogados vão analisar a sentença do juiz e devem estudar recursos para contestar a decisão.

Anderson está preso desde fevereiro no Centro de Triagem, em Campo Grande. Willian aguarda o julgamento em liberdade.

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