O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vetou legislação do Congresso que proibia a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) de utilizar métodos de interrogatório pouco ortodoxos como waterboarding (que simula um afogamento).
Tais técnicas são consideradas uma forma de tortura por grupos de defesa dos direitos humanos. Em seu pronunciamento semanal pelo rádio neste sábado (8/3), Bush disse que a medida “tiraria uma das mais valiosas ferramentas na guerra contra o terror”.
A técnica de afogamento não pode ser utilizada pelo Exército dos Estados Unidos, mas pela CIA. A agência divulgou nota dizendo que vai continuar trabalhando estritamente dentro da lei, mas que suas necessidades são diferentes da do Exército americano.
Apesar de aprovada pelo Congresso americano, a Casa Branca sempre deixou claro que o presidente vetaria a proposta. É pouco provável que os democratas, que são maioria no Congresso, consigam reunir votos suficientes para reverter o veto.
“Essa não é a hora para o Congresso abandonar práticas que se provaram eficientes na tarefa de manter a América segura”, disse Bush.
A lei iria limitar os interrogadores da CIA a 19 técnicas que são permitidas ao Exército. Em 2006, foram banidas das Forças Armadas técnicas como o waterboarding ou depravação sensorial.
Para o presidente, “enquanto os militares interrogam combatentes capturados em áreas de conflito, os profissionais das áreas de inteligência lidam com terroristas perigosos que foram treinados para resistir a técnicas como as do manual do Exército”.
A prática do waterboarding consiste em amarrar a pessoa, colocar um capuz em sua cabeça e jogar água, para causar uma sensação de afogamento.
com Agências de Notícias
Revista Consultor Jurídico