Réus do mensalão – Luiz Gushiken diz que está confiante em sua absolvição

O ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) afirmou que está confiante na sua absolvição no processo do mensalão. Ele responde pelo crime de peculato na Ação Penal 470, perante o Supremo Tribunal Federal. Ele depôs na 2º Vara Criminal Federal de São Paulo na tarde desta segunda-feira (17/3).

Gushiken lembrou que quatro ministros rejeitaram a sua denúncia. “O próprio relator do caso, Joaquim Barbosa, na ocasião disse que se fosse julgado meu caso, ele me inocentaria. De maneira que estou muito tranqüilo”, disse à imprensa na saída do depoimento. Também deram depoimentos, nesta segunda, ex-deputado petista Professor Luizinho e a ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório. Eles negaram participação no esquema de compra de apoio no Congresso para aprovação de projetos de interesse do governo federal.

Os interrogatórios foram feitos a portas fechadas. Com o depoimento dos três, a ação encerra sua fase de interrogatório dos 39 réus — ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira fez um acordo para não responder mais ao processo. Agora, os juízes federais começarão a ouvir as testemunhas. A denúncia foi aceita pelo STF no dia 28 de agosto do ano passado.

O ex-ministro era o responsável pela coordenação de comunicação do governo na época do esquema e a maioria dos ministros do STF, no recebimento da denúncia, avaliou que é possível iniciar uma ação por suposto contrato irregular de propaganda de uma autarquia do governo, que no caso era o Banco do Brasil.

Professor Luizinho é acusado por lavagem de dinheiro. Segundo o procurador-geral da União, o ex-deputado sacou R$ 20 mil na agência do Banco Rural em Brasília por meio de seu assessor parlamentar. “Eu não tenho nada a ver com este processo. Não fui eu que saquei, não mandei ninguém sacar e nunca pedi a ninguém para sacar”, disse Luizinho. Ex-líder do governo na Câmara dos Deputados, Luizinho afirmou “que é uma violência considerar que é possível que o líder do governo tenha que receber para votar no governo”.

Ayanna Tenório é acusada de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ela teria participado de transações financeiras ilegais somando R$ 300 milhões.

Revista Consultor Jurídico

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