O procurador de justiça Fernando Grella Vieira ganhou o topo da lista para o cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo. Com 931 votos, o nome de Grella encabeça a relação que seguirá para o Palácio dos Bandeirantes. O governador do estado tem a prerrogativa de nomear o chefe do Ministério Público, no prazo de 15 dias. A lista é complementada por José Oswaldo Molineiro e Paulo Afonso Garrido de Paula.
O cargo de procurador-geral de Justiça é cobiçado pelo seu poder e prestígio. O chefe do Ministério Público tem atribuição para investigar e processar deputados estaduais, secretários de Estado, magistrados, promotores de Justiça e até o governador em atos de improbidade administrativa. A instituição é definida pela Constituição como guardiã da democracia e fiscal da lei.
Pela primeira vez na história do Ministério Público paulista um candidato oficial, com apoio do chefe da instituição, perdeu a eleição no voto. José Oswaldo Molineiro ficou em segundo lugar com 669 votos. O resultado eleitoral também pode marcar o retorno da oposição à frente da Procuradoria Geral de Justiça depois de 12 anos longe dela.
Quatro procuradores concorreram à eleição que aconteceu neste sábado (15/3). Fernando Grella Vieira, José Benedito Tarifa, José Oswaldo Molineiro e Paulo Afonso Garrido de Paula disputaram o voto de 1.620 promotores de 201 procuradores de Justiça. Grella recebeu 17,88% dos votos, Molineiro ficou em segundo lugar 12,85%, Em terceiro veio Garrido de Paula, com 8,70% e em último apareceu Benedito Tarifa com 3,74%.
A campanha da eleição para o biênio 2008-2010 foi a mais tranqüila dos últimos anos. Todos os candidatos apresentaram programas parecidos com promessas de democratizar o Ministério Público, de combater o crime organizado e não dar tréguas à corrupção no serviço público.
Revista Consultor Jurídico