Os dirigentes afastados da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) pediram, na segunda-feira (18/2), à 6ª Vara Cível de Brasília para destituir o interventor Luiz Augusto Souza Fróes. A Justiça determinou que o administrador judicial provisório e o Ministério Público prestem depoimento.
A nomeação de um interventor ocorreu depois do afastamento, no sábado (16/2), dos cinco diretores da Finatec, por força de uma liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. A Finatec é uma fundação sem fins lucrativos vinculada à Universidade de Brasília (UnB).
Os diretores são acusados de usar recursos de pesquisa em bares e restaurantes de luxo. A intervenção foi feita a pedido o Ministério Público. As investigações também apontam que a Finatec teria gasto R$ 470 mil na compra de móveis luxuosos para a residência do reitor da universidade, Timothy Mulholland.
No pedido, os dirigentes afastados alegam que Fróes é suspeito de parcialidade em razão de ter sido indicado pelo Ministério Público. Por isso, pedem a nomeação de um “administrador imparcial”, que siga apenas determinações judiciais. O juiz disse que só vai decidir sobre o pedido depois de ouvir as duas partes.
O administrador judicial provisório Fróes enviou ao juiz Aiston Henrique de Sousa, da 6ª Vara Cível de Brasília, relatório, cumprindo uma das obrigações assumidas perante a Justiça.
No relatório, Fróes afirma que as atividades da Finatec reiniciaram segunda-feira (18/2) normalmente e as salas e departamentos fechados no final de semana foram totalmente liberados.
Processo: 2008.01.1.006.488-6
Revista Consultor Jurídico