O professor de natação Eugênio Miranda ajuizou Ação Penal por difamação contra a nadadora Joanna Maranhão e sua mãe, Teresinha Maranhão. A ação foi protocolada, na quarta-feira (20/2), no Fórum Tomás de Aquino, em Recife, segundo informação do Estadão.
Há cerca de duas semanas, Joanna Maranhão, 20 anos, revelou que foi vítima de abuso sexual por um ex-treinador quando tinha nove anos. Ela não citou o nome dele, mas dias depois, sua mãe apontou Eugênio Miranda como culpado.
Duas moças, cujas identidades não foram reveladas, procuraram Joanna para denunciar que também foram vítimas de abuso do mesmo treinador. Elas se dispõem a testemunhar no processo, segundo o advogado da família Maranhão, Carlos Gil.
Na ação, o advogado do ex-técnico, João Olympio Mendonça, diz que ele é inocente das acusações. A reclamação se baseia no artigo 21 da Lei de Imprensa. O crime de difamação prevê penas de seis a 18 meses de prisão.
Segundo o advogado, ele não alegou calúnia na ação porque esta é tipificada quando há a identificação de um fato. “Neste caso houve uma acusação genérica, sem especificação de quando, onde e em que circunstâncias e sem que o abuso tenha sido detalhado”, explicou Mendonça.
O advogado promete entrar em um mês com ação indenizatória, na área cível, pedindo reparação pelos prejuízos causados à imagem de ex-técnico. Segundo o advogado, “não dá para dimensionar” o tamanho do dano causado ao seu cliente.
Eugênio Miranda divulgou uma nota alegando inocência, mas não deu entrevistas sobre o caso. O advogado disse que seu cliente não tem idéia do que levou Joanna a acusá-lo 12 anos depois do suposto abuso sexual. “Ela não tem ido bem, não foi bem nos Jogos Pan-Americanos e teria feito isso para desviar as críticas da sua atuação e voltar a ocupar espaço na mídia”, afirma Mendonça.
O advogado Carlos Gil garantiu que a ação, ou outras que vierem a ocorrer, não preocupam a nadadora e sua mãe. “Em nenhum momento elas mentiram. E mantêm o que disseram”, afirmou o advogado.
Revista Consultor Jurídico