Argentinos não conseguem impedir comercial de cerveja

A juíza Yeda Monteiro Athias, da 24ª da Vara Cível de Belo Horizonte (MG), julgou improcedente pedido feito por três argentinos residentes no Brasil, que queriam que a Ambev e a F/Nazca S&S Publicidade interrompessem a propaganda da cerveja Skol, que tem como tema a rivalidade entre Brasil e Argentina.

Também foi negado o pedido de reparação por danos morais e de que a cervejaria promovesse uma “contrapropaganda” sobre o tema.

Os autores da ação acusam a publicidade de ter cunho discriminatório e depreciativo aos argentinos.

A juíza indeferiu o processo por entender que não houve comprovação dos danos alegados pelos autores da ação. O julgado afirmou que “meros aborrecimentos ou pequenas ofensas não geram o dever de indenizar”.

Os argentinos relataram que estavam se “sentindo humilhados e constrangidos com as peças publicitárias”, que “trazem em si a ideia central” de que todos os argentinos são “maricones, retardados e imbecis”.

Ainda segundo os argentinos, os comerciais fizeram com que eles fossem motivo de piadas em festas, reuniões e ambiente de trabalho.

A Ambev alegou que os comerciais não estavam sendo mais exibidos e que foram feitos durante a Copa do Mundo de 2010, momento em que, para a cervejaria, “independentemente de qualquer propaganda ou fator externo, acirra-se a rivalidade histórica entre brasileiros e argentinos”.

A empresa publicitária que fez a peça, F/Nazca S&S Publicidade, afirmou que a intenção da propaganda não foi promover a violência entre povos, e que os anúncios com “o mesmo tom cômico são constantemente veiculados na Argentina com relação ao Brasil”.
Ainda cabe recurso da decisão.

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