O Ministério Público Federal de Alagoas divulgou, nesta sexta-feira (8/2), que foi descoberto um plano para assassinar o juiz federal Rubens Canuto Neto e o procurador da República Rodrigo Tenório, ambos lotados em Arapiraca. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva concedida pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza.
O procurador e o juiz participaram do inquérito da Operação Carranca, desencadeada em fevereiro de 2006 pela Polícia Federal, com o objetivo de apurar irregularidades praticadas em licitações públicas, na capital e interior do estado, desde 2004, destinadas à construção de escolas, saneamento básico e obras de combate à seca.
De acordo com o procurador-geral, a Polícia Federal está investigando o caso e poderá já nos próximos dias apontar os responsáveis. Ele afirmou que ainda não é possível dar detalhes do caso para não prejudicar o inquérito policial. O plano foi descoberto no dia 29 de janeiro. Segundo as informações obtidas, o pistoleiro receberia R$ 50 mil para executar as vítimas. Antônio Fernando Souza afirmou que a Polícia investiga pessoas ligadas à política.
Foram cedidos carros blindados para o juiz e o procurador, além de ser dado curso de tiro e treinamento de auto-defesa. Eles também estão sob proteção da Polícia Federal e afastados temporariamente dos cargos.
A entrevista coletiva aconteceu em Maceió (AL) e reuniu membros do Ministério Público Federal, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antonio Carlos Bigonha, e o procurador-chefe da Procuradoria da República em Alagoas, Roberto Olegário de Souza. Representantes dos magistrados e da Polícia Federal também estavam presentes. Olegário de Souza afirmou que os membros do Ministério Público Federal e da Justiça Federal não serão intimidados com as ameaças.
Revista Consultor Jurídico