Uma Abordagem sobre Custo de Complexidade para Custeio de Produtos

Normalmente as bibliografias de contabilidade de custo apontam que os sistemas tradicionais de custeio classificam os custos pela sua variabilidade em custos fixos e custos variáveis onde os custos fixos são aqueles que em curto prazo independem do nível de atividade da empresa podendo a um longo prazo variar em degraus de acordo com o nível de atividade da empresa, ou seja, se subdividindo em custos semifixos, e os custos variáveis são aqueles custos que se alteram em proporção direta de alterações no volume de produção, entretanto conforme muitas empresas tem percebido, após a implantação de sistemas de custeio baseado em atividade (Custeio ABC), ou da administração baseada em atividade (ABM), que muitos custos considerados importantes dentro do sistema produtivo não variam de acordo com o volume e sim de acordo com a complexidade das atividades realizadas por este mesmo sistema produtivo. Como por exemplo, a comparação de duas industrias que produzem produtos semelhantes e apresentam mesmos volumes de produção, entretanto uma delas tem seus produtos apenas em uma cor, enquanto a outra apresenta os mesmos produtos em dez cores diferentes, certamente se percebe que os custos fixos serão maiores na segunda industria devido à complexidade das atividades que serão realizadas para esta produção.

A partir deste conhecimento elementar de classificação de custos por sua variabilidade já se consegue visualizar que quando os responsáveis pelo processo de custeio dos produtos nas empresas utilizam rateios dos custos por volumes (horas de mão-de-obra ou de maquinas), sem considerar as complexidades das atividades envolvidas no processo para seus produtos podem estar provocando uma superaplicação ou uma subaplicação deste mesmos custos aos seus produtos onde por exemplo produtos com baixos volumes de produção ou circulação deveriam receber uma proporção maior dos custos indiretos de fabricação caso haja uma necessidade de maiores tempos de preparação, estocagem, maiores números de inspeções contrariando com os produtos de grandes volumes de produção.

Para a solução deste tipo de problema conforme mencionado anteriormente muito se tem voltado à atenção para o custeio baseado em atividade (Custeio ABC), e caso a adoção do método de custeio baseado em atividade, principalmente para a melhor escolha possível dos direcionadores de custos (transações que determinam os custos de atividade, ou seja, a causa da realização da atividade ou consumo do recurso), que influenciam todo o processo de custeio por atividade.

Em síntese conclui-se que as existências dos custos de complexidade são as circunstâncias responsáveis pelas principais diferenças entre o custeio dos produtos utilizando o método de rateio por volume e utilizando o método de custeio por atividade alem de que a otimização destes custos pode servir como um fator diferencial da empresa que pode ser apresentado nos preços dos produtos, na qualidade ou ainda na margem resultante da comercialização dos mesmos.

Autor: Vinicius Amorim SOBREIRO
Contato: 508298@unitoledo.br
Graduado em Ciências Econômicas pelas Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente. Pós-graduando em Engenharia de Produção (Pesquisa Operacional) pela Universidade Estadual de Londrina.

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