Parecer do MPE é contra prisão domiciliar ou liberdade provisória a procurador afastado

por João Prestes

Parecer assinado pelo procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira da Silva, é contra a liberdade provisória e o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados do procurador afastado Carlos Zeolla, assassino confesso do sobrinho, Cláudio Zeolla, morto com um tiro na nuca quando ia para a academia de ginástica, no dia 3 de março. O parecer do MPE foi anexado hoje à ação que Carlos Zeolla move no TJ-MS. O desembargador Romero Osme Dias Lopes, da Seção Criminal, pode se manifestar ainda hoje a respeito.

Na sexta-feira, Romero Lopes já havia negado o pedido de reconsideração do flagrante que poderia colocar em liberdade o procurador Carlos Zeolla. A defesa, feita pelos advogados Ricardo Trad, José Trad e Assaf Trad Neto, disse que o flagrante teria que ter sido feito pelo procurador-chefe do Ministério Público, Miguel Vieira, e não a Polícia. A alegação foi aceita pelo desembargador.

Portanto, Carlos Alberto Zeolla deve continuar preso no Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Seqüestros), único lugar que tem uma acomodação no padrão exigido pela Lei Orgânica do Ministério Público para abrigar seus membros. O procurador ocupa um quarto com banheiro que servia de alojamento para um policial. Segundo a assessoria do MPE, não há regalia para ele. O quarto dispõe apenas de uma cama, pelo menos essa era a mobília até o momento em que o procurador foi levado para lá.

O delegado Fabiano Ruiz Gastaldi, que cuidou do caso, disse que agiu dentro da lei. O procurador, identificado por testemunhas, foi preso no mesmo dia do crime. Em seguida o delegado encaminhou os depoimentos, provas e até a arma do crime para o Ministério Público. Ainda ontem foi nomeada uma comissão de três procuradores para conduzir o inquérito. Eles garantem que até terça-feira da semana que vem apresentam denúncia ao Tribunal de Justiça.

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