EUA fazem “cruzada” contra anúncios de sexo em site

Três procuradores-gerais dos Estados Unidos marcaram reunião com representantes do site de classificados Craigslist, a fim de negociar a eliminação total de propagandas de prostituição e outras atividades “suspeitas” do site.

Uma solicitação, feita na última segunda-feira (4), foi seguida por outra, dessa vez partindo do procurador-geral do Estado da Carolina do Sul, que informou ao diretor-executivo do Craiglist, Jim Buckmaster, que ele deve remover, em dez dias, “as partes do site, dedicadas à Carolina do Sul e suas regiões municipais, que contenham categorias e funções de solicitação de prostituição”. Caso isso não seja feito, “uma investigação criminal e acusação” são possíveis, informa o documento.

Já os procuradores dos Estados de Missouri, Illinois e Connecticut se encontrarão com representantes do site hoje, em Nova York. “O Craiglist está tolerando propagandas de atividades ilegais, como a prostituição, em seu site”, disse Koster, em comunicado. “Isso é descarado. Isso é irresponsável. Isso é ilegal.”

Segundo o site CNet, o diretor-executivo do Craiglist expressou otimismo quanto à meta de redução de atividades ilegais no site, mas não comentou o assunto da seção de “serviços eróticos”.

“O Craigslist aguarda, com expectativa, a reunião com os procuradores-gerais e espera fazer mais progressos em direção ao objetivo comum de eliminar a atividade ilegal do site, preservando, simultaneamente, a sua plena utilidade e os benefícios para dezenas de milhões de americanos que, obedientes à lei e aos valores, dependem dos serviços gratuitos do Craiglist na sua vida cotidiana”, disse Buckmaster.

A seção erótica do site foi amplamente enfocada pela mídia dos EUA quando houve a detenção, no mês passado, do estudante de medicina Philip H. Markoff, 22, suspeito de matar uma massagista de 25 anos, que acionou por meio de um anúncio do Craiglist. Markoff foi acusado de homicídio, posse ilegal de arma e sequestro. Ele também é suspeito de ataques de duas outras acompanhantes em hotéis.

Prostitutas, entretanto, defendem o site, alegando que ele serve como um filtro de proteção para a violência. “O Craigslist é importante para nos ajudar a evitar a violência”, disse uma mulher de San Francisco, de 35 anos. “É uma forma de filtrar esse tipo de pessoa. E, com o Craigslist, não há necessidade de intermediários.”

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