Dos políticos suspeitos em morte de vereador, prefeito é o único que continua preso

Dos suspeitos de envolvimento na morte do vereador Carlos Antonio Costa Carneiro, em 26 de outubro de 2010, o prefeito afastado Manoel Nunes (PR), o Mané, é o único que continua preso. A justiça mandou soltar – na semana passada – os três vereadores Valter Roniz e Enio Queiroz, ambos do PR, Valdeci Lima, do PSDB, e o primeiro- suplente Ademir Muller, o Gauchinho, bem como a funcionária do Legislativo municipal, Jurdete Marques de Brito, todos presos no dia 20 de julho último, juntamente com Manoel.

Na semana passada havia informação de que habeas corpus tinha sido negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) e, ontem, circulou a informação de que a prisão temporária de Mané – cujo prazo terminaria dia 26 – foi transformada em prisão preventiva.

O escritório de advocacia que defende o prefeito não se manifesta apesar de ter sido procurado pelo Portal Correio do Estado por diversas vezes. Embora o processo esteja sob segredo de justiça a defesa, porém, chegou a enviar para a presidência regional do Partido da República (PR) uma explicação – em nome de Manoel – onde o acusado afirma ser vítima de um ato injusto e de uma ‘‘armação política’’, dizendo estar preso “sob uma situação abstrata”.

O próprio governador André Puccinelli, quando ouvido a respeito do caso, chegou a afirmar – no dia 29 de julho em Campo Grande e Dourados – que provas consistentes indicavam o envolvimento do prefeito no crime. Dias antes ele tinha defendido o prefeito e a mudança de postura de André foi, segundo ele, por ter recebido informações do secretário de Segurança Pública (Sejusp), Wantuir Jacini, a respeito das investigações sobre o assassinato.

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Jacini, por sua vez, explicou ao Portal Correio do Estado à época que o caso está sob segredo de justiça e que suas informações ao governador foram a respeito das apurações do homicídio.

Pistoleiros

Na cadeia estão o pistoleiro irineu Maciel, autor confesso do crime, e Aparecido Fernandes que conduzia a moto durante a fuga. Ambos teriam recebido R$ 20 mil para a prática do assassinato.

No dia do crime, ocorrido na Avenida Afonso Pena próximo a um hotel, Irineu e Aparecido foram presos em flagrante. Depois de matarem o vereador, foram perseguidos por dois policiais civis que passavam pelo local no momento.

Ambos foram presos quando o policial que estava ao volante jogou o carro contra a moto e eles caíram, sendo dominados.

Atualmente o prefeito de Alcinópolis é Alcino Carneiro Fernandes (PDT), fundador do município e pai do vereador assassinado. Ele, na qualidade de vice-prefeito assumiu em 25 de julho e sempre afirmou que o mandante da morte do filho seria o prefeito Manoel.

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