Monitoramento da região central da Capital de MS, deve iniciar atividades com 40 câmeras

“Foram dois anos de muito trabalho e convencimento para conseguirmos a aprovação do projeto de videomonitoramento em Campo Grande”, desabafa o presidente do conselho comunitário da região central, Adelaido Luíz Spinosa Vila. A conquista dos comerciantes foi consagrada na última quarta-feira (5) com a sanção da lei complementar 185 pelo prefeito Nelson Trad Filho.

De acordo com o prefeito, a princípio, serão instaladas 40 câmeras de segurança na região central histórica da Capital, que vão monitorar desde a ação de criminosos até atos de vandalismos. “O plano é expandir a medida para outras áreas futuramente”, completa Nelsinho.

O projeto está em Brasília e aguarda aprovação do Ministério da Justiça para ser viabilizado. A intenção da prefeitura é que a instalação dos equipamentos aconteça no próximo ano.

Para Adelaido, a medida vai trazer muitos benefícios para a região. “As câmeras vão proporcionar mais segurança, não permitindo que o centro morra. Hoje, muitas pessoas preferem ir aos shoppings, pois a sensação de segurança é maior. Acredito que agora, o cidadão vai se sentir mais seguro em frequentar o centro da cidade”, argumenta, lembrando que em outras cidade com o videomonitoramento houve redução drástica nos índices de criminalidade.

Privacidade

Muitas pessoas já se mostraram preocupadas com o fato de serem observadas o tempo inteiro pelos equipamentos de segurança, mas esta questão também foi pensada no projeto. As câmeras não podem captar imagens do interior de nenhum imóvel, apenas das ruas e calçadas.

“O videomonitoramento não tem a finalidade de tirar a privacidade de ninguém. Quem está no espaço público, teoricamente, não está fazendo nada de errado a ponto de ter a privacidade invadida”, enfatiza Adelaido.

Pesquisa

O conselho comunitário de segurança da região central realizou uma pesquisa com 92 entrevistados, que foram divididos em dois grupos: moradores, comerciantes e trabalhadores da região e consumidores.

O resultado da pesquisa aponta que, para o primeiro grupo, os furtos são os responsáveis pela sensação de insegurança, seguido pelos usuários de drogas e andarilhos. Para 40% dos entrevistados, o período noturno, das 18h à 0h, é o horário mais preocupante.

A pesquisa revela ainda que 79% dos entrevistados, quando vítimas de assalto, não registram boletim de ocorrência por não acreditarem que esta atitude resolva o problema. Já para o grupo dos consumidores da região, os flanelinhas são a causa de maior preocupação.

Os dados apontam a Rua 14 de Julho (quadrilátero da feira central) como área de maior incidência de crimes, seguida pela Avenida Mato Grosso (próximo ao colégio Dom Bosco) e pela Avenida Calógeras (Entre Antônio Maria Coelho e 26 de Agosto).

Quem monitora?

Só funcionários credenciados terão acesso à central de monitoramento. A lei define também que o acesso às imagens, dados e informações resultantes da vigilância e monitoramento, bem como ao local onde são exibidos e registrados, será controlado por sistema informatizado que, obrigatoriamente, deve registrar a senha eletrônica individual ou identificação de digitais, registro do horário de ingresso e saída do servidor credenciado.

O acesso à central será permitido a autoridades públicas mediante identificação pessoal e registros de horário de entrada e saída. A lei diz ainda que “terceiros” podem ter acesso às imagens apenas com autorização judicial.

O prefeito afirma que a cidade já tem a estrutura pronta para a central de monitoramento, inclusive com funcionários e que não está prevista a realização de concurso para atender a demanda.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


Você está prestes a ser direcionado à página
Deseja realmente prosseguir?