Francisco Fraga e mais 18 são denunciados pelo MPF/RS por lavagem de dinheiro e quadrilha

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul ajuizou, nesta quarta-feira, 12 de agosto, denúncia contra Francisco Fraga e mais 18 pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ex-secretário do governo de Canoas (RS), Francisco Fraga era peça fundamental na engrenagem de corrupção e descrito como “prefeito de fato”, tamanha a sua importância nas decisões políticas da municipalidade, em detrimento do então prefeito Marcos Antônio Ronchetti. A fraude iniciou em 2001 e foi desbaratada através da chamada Operação Solidária.

A denúncia feita pela procuradora da República Patrícia Núñes Weber narra, inicialmente, os crimes que geraram os recursos ocultados por Francisco Fraga, com prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 10 milhões. Para tanto, contou com a ajuda da empresária Neide Viana, seu braço direito. Os recursos ocultados foram frutos dos crimes referentes ao fornecimento de merenda escolar, execução das obras de engenharia do “Projeto Pró-Canoas”, terceirização do “Programa Saúde da Família” e da construção do Hospital de Pronto Socorro Nelson Marchezan.

Com o dinheiro obtido, Francisco Fraga, com a ajuda dos demais denunciados, alicerçou seu patrimônio, ocultando-o do estado. Para tanto, colocava seus bens móveis (veículos) e imóveis (vários apartamentos, casas, coberturas, terras rurais, lotes urbanos e boxes de garagens), em nome de construtoras, terceiros e familiares.

A acusação fundamenta-se em cinco grupos de condutas criminosas, como lavagem dos recursos ilícitos em proveito de Francisco Fraga, com atuação destacada de Neide Viana e dos sócios da empresa Magna Engenharia Ltda.; lavagem dos recursos ilícitos em proveito de Francisco Fraga, por intermédio dos responsáveis por duas grandes construtoras; lavagem em benefício de Francisco Fraga com ajuda dos seus familiares e, por fim, a ocultação do patrimônio do denunciado Antônio Cavalheiro. Este último recebia recursos da empresa Equipe Cooperativa, ganhadora de licitações em Canoas, e ocultava-os em nome de pessoa jurídica e familiares.

O Ministério Público Federal pede a condenação dos acusados e manutenção do bloqueio dos bens lavados.

Os denunciados são os seguintes:
Francisco José de Oliveira Fraga
Neide Viana Bernardes
Luiz Ulysses Pinto Benites
Edgar Hernandes Cândia
Edgar Hernandes Cândia Filho
Adejalmo Figueiredo Gazen
Rosania Maximiano
Donizeti José dos Santos
Marco Antônio de Oliveira Fraga
Ildo Ronaldo Serolli
Neiva Alexandrino Schilieper
João Rodolfo Schilieper
Cláudio Ernesto Bonati Grassi
Jorge Armando de Oliveira Fraga
Helenara Freitas Sobral
Arthur Martinho Sobral
Paulo Cesar Martins da Silva
Antonio Carlos Cavalheiro de Oliveira
Lineu Mendes Silva.

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