Itália prende 16 juízes e outras 31 pessoas por corrupção mafiosa

A Guardia di Finanza (polícia financeira italiana) prendeu nesta segunda (19) um total de 47 pessoas – entre elas 16 magistrados da jurisdição tributária – , outros funcionários públicos e membros do clã Fabbrocino, da Camorra, a máfia napolitana, sob a acusação de associação criminosa.

Segundo um comunicado da polícia financeira, as investigações levaram ao desmantelamento de uma rede criminosa formada por membros do clã camorrista Fabbrocino – que administra as atividades ilegais nas localidades de Nola e na região vesuviana -, empresários especializados em compra e venda de imóveis e servidores públicos que trabalhavam no setor tributário.

Após a operação, que foi realizada entre a região da Campânia (sul) e da Lombardia (norte), 22 pessoas foram presas; 25 estão detidas em prisão domiciliar; e 13 foram impedidas de deixar a província de Nápoles. Além disso, foram confiscados bens em um valor de € 1 bilhão (US$ 1,3 bilhão), entre aplicações em contas bancárias, ações, aplicações financeiras, terrenos, edifícios e veículos.

Além da associação mafiosa, os detidos são acusados de lavagem de dinheiro procedente de atividades ilícitas e corrupção em processos judiciais, entre outros.

Segundo as investigações, a organização havia construído uma rede de faturamentos falsos para a lavagem de dinheiro que depois chegava a bancos da Bélgica, Liechtenstein, Luxemburgo e Suíça.

Quando a polícia financeira descobria as faturas falsas e a evasão fiscal, os empresários entravam com ações judiciais impugnando as multas. Segundo a Guardia di Finanzia, os 16 juízes favoreciam os criminosos.

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