Dono de castelo apresenta defesa à Corregedoria da Câmara em ação do PSOL

Por RENATA GIRALDI

O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), acusado pelo PSOL de usar irregularmente a verba de gabinete, apresentou nesta segunda-feira suas explicações à Corregedoria Geral da Câmara. O corregedor Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) tem 20 sessões prorrogáveis pelo mesmo período para analisar as explicações de Moreira.

ACM Neto está na Bahia e ainda não recebeu em mãos o documento de Moreira. Mas, segundo a assessoria do corregedor, amanhã ele inicia a análise das explicações de Moreira para definir os rumos das investigações.

Moreira foi notificado para prestar esclarecimentos sobre a denúncia do PSOL depois de mais de um mês desaparecido da Câmara. Após a notificação, o deputado passou a circular pela Casa e não demonstrou preocupação nem constrangimento em decorrência das denúncias.

O deputado de Minas Gerais foi eleito corregedor-geral e segundo-vice-presidente da Câmara no dia 2 de fevereiro. Mas, alvo de de denúncias, Moreira foi pressionado a deixar os cargos. Ele foi acusado de várias irregularidades, como não declarar a existência de uma mansão em forma de castelo –no interior de Minas Gerais– no valor de R$ 25 milhões.

Segundo a representação do PSOL contra Moreira, ele recebeu R$ 90,6 mil em 2007 de verba indenizatória. Em 2008, os gastos teriam totalizado R$ 140 mil. A verba deve ser usada apenas para cobrir gastos da atividade parlamentar.

Contra o deputado também pesa o fato de ter no STF (Supremo Tribunal Federal) um inquérito que o investiga por suposta apropriação de INSS descontados de empregados da empresa F. Moreira, que é alvo de 123 protestos em cartórios de São Paulo. O deputado nega todas as acusações.

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