Visita de juíza japonesa tem o objetivo de fortalecer laços entre Brasil e Japão

Magistrada na corte distrital de Kanazawa, província japonesa, visita o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta quarta-feira (9), a juíza Assako Hirata foi recebida pela Segunda Seção do Tribunal. A magistrada está fazendo um estudo comparativo dos sistemas judiciários. O intuito é que as relações nipo-brasileiras sejam consolidadas.

Assako Hirata concluiu estudos na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Estados Unidos, onde esteve por dois anos. Como ressaltou o presidente da Segunda Seção, ministro Massami Uyeda, isso é um bom sinal, “significa o interesse mútuo e recíproco das nações em relação à compreensão dos sistemas jurídicos”.

O ministro Sidnei Beneti, por ter sido presidente da União Internacional de Magistrados, falou para a juíza em nome dos colegas: “Que se sinta, neste Tribunal, como se estivesse no seu Tribunal, no Japão, com a sorte, entretanto, de não ter os processos nossos para julgar”, brincou o ministro. Sidnei Beneti destacou a importância da troca de experiências entre juízes de diferentes países: “No mundo, os juízes são sempre iguais, preocupados em realizar a Justiça, e diferentes, portanto, das atividades políticas de cada um dos países. As reuniões de juízes são uma esperança de que pessoas, com o sentido de fazer Justiça, tenham realmente oportunidade de trabalhar em conjunto em todos os países para a realização da Justiça, independentemente dos demais interesses políticos, econômicos, que possa haver em outras reuniões internacionais”.

O subprocurador Washington Bolívar de Brito Júnior também expressou a satisfação do Ministério Público Federal pela presença da magistrada e desejou êxito nos seus estudos. O presidente da Segunda Seção, ministro Massami Uyeda, fez um pedido à juíza: “Leve as manifestações da estima da Corte, as saudações ao povo japonês, de que sou originário por ascendência de meus pais e diga ao povo japonês que o Brasil é um país que tem um coração enorme, que abriga aqui todas as etnias e que possibilita até mesmo a um descendente, a um filho de imigrantes japoneses que, num espaço de menos de cem anos, tenha o avô materno um neto ministro do Superior Tribunal de Justiça e um bisneto deputado federal. Esta é a cara do Brasil, esta é a nossa face. Seja bem-vinda”.

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