Exercício da advocacia – OAB-SP entrega carteira de advogado para Edson Vidigal

O presidente da OAB paulista, Luiz Flávio Borges D´Urso, entregou na segunda-feira (30/6) ao ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, a carteira de advogado da entidade.

Vidigal aposentou-se em 2006 depois de presidir o STJ. “É uma honra para a OAB-SP receber em seus quadros alguém da magnitude do ministro Vidigal. A advocacia de São Paulo se engrandece com este novo inscrito”, comemorou D´Urso.

Ao receber a carteira da Ordem, Edson Vidigal falou de sua ligação afetiva com São Paulo. “Diria que São Paulo me salvou quando, em 1964, eu fui cassado e preso pelo regime militar e migrei para cá. A partir daí, só tenho feito amigos em São Paulo e durante a minha magistratura, os 20 anos que passei como ministro do Superior Tribunal de Justiça, sempre recebi muito carinho, muito apoio. São Paulo me prestigiou muito e eu, retomando a atividade profissional de advogado, achei que deveria ser um deles, um dos advogados de São Paulo”, discursou Vidigal.

Ele disse, ainda, que a advocacia é o grande suplemento com o qual a nação conta para afirmação do Estado Democrático de Direito. Segundo ele, a OAB seja no regime de exceção, seja na transição para a democracia plena, tem um papel didático. “O advogado, no exercício da profissão, deve fazer com que as instituições funcionem mesmo na realização da Justiça, pela aplicação do direito”, comentou.

O ex-presidente do STJ completou, ainda, que a advocacia não é apenas uma profissão para a sobrevivência e sim “um compromisso do dia a dia porque defender a liberdade não pode ser como se fosse uma concessão. Essa defesa deve ter compromisso com a vitória do dia a dia”.

Por fim, ele relembrou o relacionamento entre advogados e magistrados. “Nós, advogados, temos que manter as relações respeitosas, mas sem submissão, sem medo porque é verdade que a lei manda que o juiz tenha a obrigação de tratar as partes com urbanidade e urbanidade quer dizer educação, quer dizer respeito”, encerrou Vidigal.

Revista Consultor Jurídico

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