Calçado tinha bico de aço e não passou por porta giratória.
Há uma semana, doméstica tirou blusa para entrar em agência da cidade.
Mais um cliente de uma agência bancária de Jundiaí, a 58 km de São Paulo, precisou tirar uma peça de vestuário para passar pela porta giratória. O caso aconteceu na terça-feira (10) com o motoboy José Valentim, que foi ao local para pagar contas. Ele teve que tirar os sapatos e entrar descalço.
A porta giratória tem sensores para barrar clientes que tentam entrar no banco com objetos de metal escondidos. O motoboy usava sapatos com bico de aço. “Eu não entraria no banco, porque o guarda falou que ficava ao meu critério, ou eu tirava o sapato ou não entrava. Uma moça até brincou comigo ‘ainda bem que você cuida do seu pé’”, afirmou.
Foi o segundo caso de constrangimento do tipo em uma semana. Na última quarta-feira (4), a empregada doméstica Doralice Barreto, de 44 anos, também foi barrada na porta giratória de uma agência do Banco do Brasil.
Ela queria trocar um cheque e pagar contas. Uma pessoa que estava na fila usou o celular para gravar a cena. Ela foi barrada várias vezes, e depois de mostrar tudo o que estava carregando, ficou apenas de bermuda e sutiã.
De acordo com o sindicato dos bancários, não há uma legislação nacional que obrigue as instituições financeiras a instalar portas giratórias. As regras foram criadas pelos municípios a pedido da categoria. Em Jundiaí, a lei existe desde 1992. Para o sindicato, a porta é garantia de segurança para funcionários e clientes.
Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, as agências da instituição cumprem as normas de segurança estabelecidas pela Polícia Federal.
12 de dezembro
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