“Bom dia, aqui é do CNJ!”

Os espertalhões de plantão continuam tentando ludibriar servidores públicos, especialmente os aposentados. O golpe da vez é semelhante a outros já aplicados e se dá por meio de uma ligação telefônica utilizando o nome do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O alerta para evitar que aposentados caiam na armadilha parte do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait) e está sendo publicado hoje (9) no Jornal de Brasília. Segundo a entidade, a falcatrua utiliza o suposto recebimento de valores relativos à Gratificação de Desempenho de Atividade Tributária (Gdat) para atrair a vítima.

A conversa dos estelionatários – que dispoõem, inclusive, de dados como nome completo, números de documentos e processo, entre outros – é envolvente, claro.

O Sinait, que recebeu denúncias sobre o golpe, explica que, nas ligações telefônicas, o vigarista se identifica como ´Jean Carlos´ (hoje ou na semana que vem já pode ser outro nome) e diz que é do CNJ. Ele orienta o servidor a ligar para um tal de ´Paulo Fonseca Neto´ (claro que esse nome vai sendo trocado nas ligações posteriores) e fornece um número de telefone que deve ser chamado.

Um dirigente da entidade sindical telefonou para o número fornecido numa das tentativas de aplicar o golpe. Uma pessoa atendeu e disse:

– Bom dia! CNJ, Conselho Nacional de Justiça, ao seu dispor.

Questionado sobre sua qualificação pessoal e profissional, o interlocutor interrompeu a ligação.
Em mensagem postada em seu portal, o CNJ também alerta que não faz qualquer cobrança ou contato telefônico com quem tem demandas na Justiça.

Ao receber este tipo de ligação, o destinatário não deve fornecer seus dados pessoais. Recomenda o Sinait que seja, então, informado da tentativa de fraude pelo telefone (61) 3328 0875.

Desde novembro, a Ouvidoria do CNJ recebeu dezenas de denúncias de supostas vítimas dessas ações.

Usando a credibilidade do CNJ, os golpistas cobram dos servidores para uma “taxa de preferência”, para agilizar o andamento de seus processos judiciais. Denúncias também podem ser feitas por meio do endereço eletrônico www.cnj.jus.br .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


Você está prestes a ser direcionado à página
Deseja realmente prosseguir?