ESCUSA DE TESTEMUNHA – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

XXXXXXXXXXXXXX, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade RG nº, e inscrito no CPF/MF sob nº, residente e domiciliado na XXXXXXXXXXXXXX, por seu advogado que esta subscreve (doc. Nº), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos supracitados, da XXXXXXXXXXXXXX ação, movida por XXXXXXXXXXXXXX, em face de Nome completo do Réu, com fulcro no artigo 457, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil, requerer a escusa ao dever de depor, considerando que está impedido de testemunhar, uma vez que  XXXXXXXXXXXXXX um dos motivos descritos no CPC.

Isto posto, requer:

a) Que sejam comunicadas as partes sobre o presente pedido de escusa ao dever de depor, por parte desta Testemunha;

b) Que Vossa Excelência defira esta escusa testemunhal, seguindo os devidos ditames legais.

 

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

ESCUSA DA TESTEMUNHA – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

__________, brasileiro, solteiro, marceneiro, CPF nº ___-___-___-__, RG nº __________/SSP, nascido em __/__/__, filiação __________ e __________, domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, nesta cidade, vem, por meio de seu advogado, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 457, § 3º, do CPC/2015, requerer a sua escusa ao dever de depor, tendo em vista que __________.

Requer a oitiva dos interessados sobre a escusa e após, o deferimento total do presente requerimento.

 

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

ENTREGA DOS BENS AO ARREMATANTE – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

___________, vem, por meio de seu advogado, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 901, § 1º, do CPC/2015, na qualidade de arrematante dos bens leiloados, requerer a ordem de entrega dos bens móveis em seu favor, uma vez que já cumpriu com todas as suas obrigações.

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

xxxxxxxxxx, já qualificado nos autos em epígrafe, que move contra Nome completo do Requerido, em trâmite perante este Juízo, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, EMENDAR A PETIÇÃO INICIAL, com fulcro no artigo 321 do Novo Código de Processo Civil, onde, para tanto, oferta as considerações abaixo aduzidas.

O Autor, por meio do despacho próximo passado, fora instado a emendar a inicial, nos termos do artigo 321 do CPC/2015, de sorte a: especi?¼car com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Observar os requisitos dos artigos 319 e 320.

Isto posto, havido o Requerente sanado a de?¼ciência delimitada, requer seja EMENDADA a petição inicial e, posteriormente, a citação do Requerido, nos moldes solicitados na peça inaugural.

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

(…), por seu advogado e procurador, no Recurso Especial (ou Extraordinário) extraído da ação (…), que move em face de (ou que lhe move) (…), vem, respeitosamente, apresentar Embargos de divergência o que faz tempestivamente, com fundamento no art. 1.043, do Código de Processo Civil e nos artigos 266 e 267 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça (nos artigos 330 a 336 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), pelas razões a seguir aduzidas:

1 – ACÓRDÃO EMBARGADO

O embargante interpôs Recurso (…) em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado (…), cuja decisão pode ser assim resumida:

(…)

Nada obstante, o presente Recurso (…), que se fundou na violação dos arts. (…) não foi provido sob a seguinte fundamentação:

(…)

O acórdão recebeu a seguinte ementa:

(…)

Na fundamentação, destaca-se o seguinte:

(…)

Nada obstante as percucientes razões lançadas, o fato é que o acórdão é diametralmente oposto a outro da (…) Turma (ou: da mesma turma, nos termos do § 3º do art. 1.043 do CPC, tendo em vista a alteração de sua composição), que julgou a idêntica matéria da seguinte forma:

2 – ACÓRDÃO PARADIGMA 

a) Divergência a ensejar a admissibilidade destes embargos

O acórdão paradigma está assim ementado, com a citação do repositório oficial de jurisprudência:

(…)

Nas razões da decisão, sustentou o relator (…).

b) semelhança fática entre os acórdãos divergentes no resultado

É possível verificar claramente que, tanto no acórdão recorrido quanto naquele aqui trazido à colação como paradigma, a questão girou em tono (…).

Do acórdão embargado, extrai-se a seguinte fundamentação: (…).

Igualmente, no acórdão paradigma, posto que se fundou na (…).

c) soluções divergentes a ensejar o presente recurso

Em que pese a evidente semelhança fática, é possível verifica conclusões, nada obstante, diametralmente opostas.

Com efeito, no acórdão embargado decidiu-se que (…).

Por outro lado, de forma diametralmente oposta, no acórdão paradigma, a solução foi (…).

3 – PEDIDOS

a) Ex positis, os presentes Embargos de Divergência merecem conhecimento e provimento na exata medida em que resta amplamente comprovada a semelhança fática entre os acórdãos embargado e paradigma, bem como a divergência total das consequências em ambos os acórdãos.

b) Portanto, espera e requer o embargante provimento do seu recurso para que prevaleça a tese do acórdão paradigma para que (…), invertendo-se os ônus processuais.
Requer-se, por fim, a intimação do embargado para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar contrarrazões aos presentes embargos nos termos do art. 1.003, § 5º.

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO II – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

(…), por seus advogados, nos autos da (…), que lhe move (…), em trâmite perante esse e. Juízo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar, tempestivamente, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO o que faz com fundamento no artigo 535, I (II e/ou III) do Código de Processo Civil e pelas razões a seguir aduzidas.

1 – OBJETO DESTE RECURSO

É obter o esclarecimento da r. decisão (…), proferida nos seguintes termos (fls…):

Isto porque, “data venia”, certamente de forma involuntária, a decisão, com todo respeito, precisa ser esclarecida posto que há obscuridade (contradição e/ou omissão) tendo em vista que (…).

Assim, faltou, inclusive, a necessária fundamentação exigida pelo art. 489, § 1º do Código de Processo Civil.

Desta forma, conforme se verifica dos trechos destacados no decisório e acima copiados, não resta claro embargante (…).

Assim, mister se faz sanar as obscuridades, omissões e contradições existentes na decisão e, bem assim, corrigir o erro material susoapontado.

2 – PEDIDO

Pelo exposto, é a presente para, com fundamento no artigo 535, I, do CPC, requerer sejam sanadas as obscuridades e contradições susoapontadas.

3 – REQUERIMENTO

Isto posto, requer o embargante:

a) nos termos do art. 1.023, § 2º, do Código de Processo Civil, a intimação do embargado, na pessoa do seu advogado, para responder no prazo legal de 5 (cinco) dias tendo em vista que o eventual acolhimento implicará na alteração do dispositivo;

b) ao final, que Vossa Excelência se digne em acolher os embargos dando-lhes provimento para (…).
Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, pede e espera o recebimento e provimento.

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS MONITÓRIOS – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

XXXXXXXXXXX, já qualificada nos autos em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 702 do CPC, nos autos em epígrafe que lhe move Razão Social da Empresa Embargada, ajuizar os presentes EMBARGOS À AÇÃO MONITÓRIA, pelos motivos de fato e de direito articulados abaixo.

1 – FATOS

A Embargada propôs Ação Monitória para receber a quantia de R$ valor (valor expresso), representada por um cheque emitido pela Embargante, no valor de R$ valor (valor expresso).

Ocorre que, embora o mencionado título esteja em poder da Embargada, o devido pagamento já fora efetuado pela Embargante, conforme comprovante de depósito bancário em anexo (doc. Nº).

A Embargada não devolveu o título, porque alega ter direito a receber juros na ordem de especificar.

2 – DIREITO 

O fato da Embargada não devolver o título para receber juros comporta hipótese de locupletamento ilícito, uma vez que a cobrança deste no patamar requerido não tem fundamento.

O artigo 940 do Código Civil prescreve: “Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que fordevido, cará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição”.

Nesse sentido, citar doutrina e jurisprudência.

Portanto, devera a Embargada ser responsabilizada por pretender receber dívida paga, o que ca requerido a Vossa Excelência.

3 – PEDIDO

Isto posto, requer que sejam recebidos os presentes embargos e processados nos próprios autos, pelo procedimento comum, intimando-se a Embargada a ofertar resposta, se assim desejar, bem como sejam julgados procedentes os presentes embargos, reconhecendo-se a improcedência da pretensão da Embargada, condenando-a nas custas, despesas processuais e honorários advocatícios.

Por m, pleiteia a suspensão da e cácia da decisão que determinou a expedição do mandado de pagamento em desfavor do Embargante até o julgamento em primeiro grau.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos.

Dá-se a causa o valor de R$ valor (valor expresso).

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS DE TERCEIRO – II – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

____________, brasileiro, solteiro, comerciante, RG/SSP-___ sob nº ____________, CPF sob nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, CEP ______-___, ____________, nesta Cidade de ____________, devidamente representado por seus procuradores que esta subscrevem (doc. 01), com escritório na Rua ____________, nº ___, CEP _______-___, ____________, Cidade de ____________, onde recebem intimações, vem, com todo o respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência, interpor
EMBARGOS DE TERCEIRO, contra ____________, brasileiro, casado, arquiteto, RG/SSP-___ sob nº ____________, CPF sob nº ____________, residente e domiciliado na Rua das ____________, nº ___, CEP _______-___, ____________, na Cidade de ____________/___, com fundamento no art. 674 e ss. Do CPC/2015, pelas razões a seguir expostas.

O autor adquiriu do ora embargado o automóvel ____________, placa ____________, conforme recibo anexo (doc. 02). A tradição deu-se em __/__/____.

Ocorre que está processando-se neste colendo juízo ação de execução proposta por ____________ contra o ora embargado (autos nº ____________), e este nomeou à penhora o automóvel referido. Entretanto, o bem penhorado, apesar da transferência junto ao DETRAN não ter sido operada, é de propriedade do embargante, conforme faz prova o doc. Nº 02.

Neste sentido é a jurisprudência:

EMBARGOS DE TERCEIRO. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. PENHORA NÃO AVERBADA. É cabível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse com base em contrato de compra e venda de veículo, ainda que não registrado no DETRAN. Comprovada a tradição em data anterior à constituição da penhora sobre o bem móvel, não há falar em fraude à execução, devendo ser desconstituída a constrição a fim de preservar-se não só a posse justa e de boa-fé do terceiro adquirente, mas também a propriedade. (Apelação Cível nº 2008.72.00.003135-0/SC, 1ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Vilson Darós. J. 11.02.2009, unânime, DE 03.03.2009).

EMBARGOS DE TERCEIRO – ALIENAÇÃO DE BEM MÓVEL – VEÍCULO – CONSTRIÇÃO. Reconhecido que a caracterização da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente – Súmula 375 do STJ – Hipótese em que, quando efetivada a venda do veículo, não havia bloqueio junto ao DETRAN, pois sequer havia sido ajuizada a execução – Embargante que adquiriu o veículo em estabelecimento comercial destinado a compra e venda de veículos – Presunção de licitude do negócio – Boa-fé do terceiro adquirente presumida – Embargos de terceiro procedentes – Apelo provido.” (Apelação nº 9132662-28.2007.8.26.0000, 24ª Câmara de Direito Privado do TJSP, Rel. Salles Vieira. J. 01.09.2011, Dje 05.10.2011).

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. BEM MÓVEL. TRADIÇÃO. REGISTRO NO DETRAN. CARÁTER MERAMENTE ADMINISTRATIVO. PRESUNÇÃO DE PROPRIEDADE DA POSSUIDORA. A propriedade do bem móvel se dá pela tradição, independentemente de qualquer registro ou outra formalidade. A transferência do registro do automóvel no órgão de trânsito (Detran) tem caráter meramente administrativo. Não havendo prova que infirme a presunção de propriedade operada em favor da embargante/possuidora, impõe-se a procedência dos embargos de terceiro. (Apelação Cível nº 1.0024.07.661116-9/002(1), 15ª Câmara Cível do TJMG, Rel. Tiago Pinto. J. 23.07.2009, unânime, Publ. 04.08.2009).

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA DE VEÍCULOS. CONSTRIÇÃO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DE REGISTRO DA PENHORA. PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ. Os embargos de terceiro têm a finalidade de livrar o bem da constrição judicial injustamente imposta em processo do qual não faz parte. Sabido que a presunção de boa-fé do adquirente somente cede diante de fatos que evidenciem conhecimento da restrição, seja pelo registro de penhora ou outra forma que demonstre conhecimento da execução. Entendimento sufragado na Súmula 375, do STJ. No caso, o veículo foi adquirido (pela tradição) em data anterior à anotação da penhora em seu registro, não havendo, nos autos, qualquer prova que demonstre a ciência do embargante acerca da execução proposta. Presunção de boa-fé que não foi elidida com as provas colacionadas ao caderno processual. Sentença de procedência mantida. Apelo desprovido. (Apelação Cível nº 70034791236, 16ª Câmara Cível do TJRS, Rel. Marco Aurélio dos Santos Caminha. J. 29.09.2011, DJ 03.10.2011).

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE AUTOMÓVEL. TRADIÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. É entendimento pacífico nesta Corte que a transferência de propriedade de bem móvel – no caso um veículo automotor – dá-se com a tradição, e não com o registro no órgão competente, o que legitima a tese da recorrente de cerceamento de defesa, já que lhe foi obstado o meio probatório para tanto. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA. (Apelação Cível nº 464971-32.2009.8.09.0051 (200994649711), 1ª Câmara Cível do TJGO, Rel. Fernando de Castro Mesquita. J. 13.09.2011, unânime, Dje 22.09.2011).
EMBARGOS DE TERCEIRO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. BEM MÓVEL. TRANSFERÊNCIA. TRADIÇÃO. O julgamento antecipado do feito não configura cerceamento de defesa se as provas constantes dos autos são suficientes para aclarar a questão. A transferência da propriedade de bem móvel dá-se pela tradição, presumindo-se a propriedade de que se encontra na efetiva posse. (Apelação nº 0008771-87.2010.8.22.0014, 1ª Câmara Cível do TJRO, Rel. Moreira Chagas. J. 31.05.2011, unânime, Dje 07.06.2011).

EMBARGOS DE TERCEIRO – SENHOR E POSSUIDOR – PENHORA DE VEÍCULO EM PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL MOVIDA CONTRA PESSOA JURÍDICA – AQUISIÇÃO DO BEM REGISTRADO EM NOME DE SÓCIO DA EMPRESA DEVEDORA DO FISCO – INEXISTÊNCIA DE FRAUDE DE EXECUÇÃO – FALTA DE TRANSFERÊNCIA NO DETRAN QUE NÃO PODE PREJUDICAR O TERCEIRO ADQUIRENTE – REGISTRO ADMINISTRATIVO QUE NÃO INTERFERE NO DOMÍNIO E POSSE COMPROVADOS – INSUBSISTÊNCIA DA PENHORA PROCLAMADA – SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA CONFIRMADA – RECURSO DA FAZENDA DESPROVIDO. (Apelação nº 0019051-69.2009.8.26.0361, 12ª Câmara de Direito Público do TJSP, Rel. J. M. Ribeiro de Paula. J. 22.06.2011, Dje 25.07.2011).

Porém, após 04 meses da compra do bem, mais precisamente em __/__/____, o autor viu-se expropriado do automóvel por ato de apreensão judicial. Não há como dar guarida à medida executiva, eis que o automóvel, não há dúvida, pertence ao embargante.

Nos sábios ensinamentos de Pontes de Miranda, está embasada a procedência da ação:

“Os embargos de terceiro são a ação de terceiro que pretende ter direito ao domínio ou outro direito, inclusive a posse, sobre os bens penhorados ou por outro modo constritos”.

Assim é a determinação do Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 674, in verbis:

Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.

Pelo exposto requer:

a) a citação do Embargado para, no prazo de 15 dias (cf. Art. 679 do CPC/2015), contestar os embargos, que espera sejam recebidos e a final julgados procedentes, para fim de ser o bem restituído ao Requerente;

b) provados satisfatoriamente a qualidade de terceiro, a posse e o ato de apreensão judicial, pede que V. Exª, deferindo liminarmente os embargos, ordene a expedição de mandado restituitório em favor do Embargante;

c) seja admitida a produção das provas que se mostrarem necessárias à instrução do feito;

d) contestando a ação, seja o réu condenado aos ônus sucumbenciais.

Dá-se à causa o valor de R$ ______ (____________ reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS DO DEVEDOR – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

__________, ora embargante, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, que a esta subscreve, para nos autos do processo em referência, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIALem desfavor de __________.

1 – FATOS

Ingressou o Embargado, com execução baseada em cheque decorrente de contrato verbal para construção de móveis de marcenaria – 4 poltronas e 3 mesas de centro.

No contrato, firmado em __/__/____, estipulou-se o prazo máximo de 04 (quatro) semanas para o serviço ficar pronto. Ocorre que os móveis encomendados foram entregues com 03 semanas de atraso, na data de __/__/____.

Tal fato gerou prejuízo para o embargante que trabalha com vendas na cidade de __________/UF, e teve canceladas encomendas previamente realizadas para as peças, as quais, desde a encomenda, tiveram seu projeto exposto à venda em folder promocional.

Para justificar o atraso de entrega, o Embargado afirmou diversas vezes que o seu serviço era de qualidade e que por esse motivo demorou mais que o combinado. Porém, após ___ (____) dias de exposição, partes das peças, inadequadamente coladas, soltaram-se, o que gerou custo extra para o Embargante, que necessitou contratar outro profissional para realizar reparos nas peças (Doc. ___).

Oportuno destacar que o prejuízo causado ao embargante foi maior que o do embargado, pois o valor cobrado para o reparo nas peças foi de igual valor ao acordado inicialmente com o Embargado, conforme nota fiscal acostada (Doc. ___).

O valor pago pelo serviço extra nas peças, somado ao valor que deixou de receber com a prevista venda das mesmas, gerou déficit financeiro negativo ao Embargante, por essa razão o cheque entregue pelo Embargante ao Embargado restou sem fundos.

Salienta-se que o primeiro a descumprir a obrigação assumida foi o embargado, por duas vezes: mentiu quanto ao prazo de entrega e descumpriu o pactuado ao realizar um serviço de péssima qualidade e, fingindo nada ter acontecido, entendeu por bem ingressar com a presente execução.

2 – DIREITO

O direito do Embargante encontra amparo nos arts. 914 e ss. Do CPC/2015, e na jurisprudência de nossos tribunais:

O art. 917 do CPC/2015, ao disciplinar os embargos à execução, autoriza, dentre outras hipóteses, a alegação de “excesso de execução” (inc. III) e “qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento” (inc. VI).

Incialmente, oportuno discorrer acerca da hipótese elencada no inc. VI do artigo supracitado.

O Exmo. Juiz Francisco Antônio Paes Landim Filho, em decisão proferida no julgamento da Apelação Cível nº 2009.0001.001312-5, da seguinte forma aduziu:

“[…] pode-se entender o esclarecimento doutrinário relativo ao art. 745, inc. V, do CPC [correspondendo ao art. 917, inciso VI do CPC/2015], de que, por força desse dispositivo, nos embargos de mérito, “[…] o embargante poderá (a) negar o fato constitutivo da obrigação […]; b) negar a eficácia jurídica do fato constitutivo […]; c) alegar um fato impeditivo […]; d) invocar qualquer fato extintivo ou modificativo da obrigação […] etc.”, a significar que, “em suma, os embargos de mérito à execução por título extrajudicial podem veicular todas as defesas substanciais diretas e indiretas pertinentes, sem qualquer limitação decorrente de se tratar de embargos e não contestação”, o que conduz CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO a concluir ser “rigorosamente correta a afirmação de que os embargos de mérito podem ter toda a amplitude que teria a contestação em um processo ou fase de conhecimento […]” (ob. Cit., p. 816, nº 1.778 – grifei).” (Apelação Cível nº 2009.0001.001312-5, 3ª Câmara Especializada Cível do TJPI, Rel. Francisco Antônio Paes Landim Filho. Unânime, Dje 08.06.2012) (Grifos nossos).

No mesmo julgado, continua o magistrado:

“[…] Por isso THEOTÔNIO NEGRÃO e outros, ao pesquisarem a interpretação jurisprudencial do art. 745, V, do CPC [correspondendo ao art. 917, inciso VI, do CPC/2015], encontram que, nos embargos à execução por título extrajudicial, “a defesa é ampla (RT 471/144, 479/119, 480/114, 480/136, 485/105, RF254, 295, JTA 35/171)”. (CPC e legislação processual em vigor, 2012. p. 902, nº 21). 5. Nesse sentido, o TJ-RS já asseverou que “o art. 745, inc. V, do CPC [correspondendo ao art. 917, inciso VI, do CPC/2015) dispõe sobre a possibilidade de alegação, em sede de embargos à execução, de qualquer matéria que […] seria lícito [ao executado] deduzir como defesa em processo de conhecimento”, razão por que, segundo outro precedente daquele mesmo Tribunal, “o devedor pode alegar em embargos à execução ‘qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento”, “haja vista os embargos consistirem em meio de defesa do executado, através dos quais pode ser alegada qualquer matéria dedutível como defesa em processo de conhecimento”. Precedentes do TJ-RS.” (Grifo meu)

Segundo o art. 917, inciso III, do CPC/2015, há excesso de execução quando o credor, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento do devedor.
Indo de encontro com tal entendimento, o Código Civil, em seu art. 476, anuncia que “nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro”.

Nesse sentido:

“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CHEQUE. CAUSA DEBENDI. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO. ÔNUS DA PROVA. 1. Possível, em sede de embargos à execução, a discussão acerca da exceção do contrato não cumprido, se não ocorreu a circulação do cheque, permanecendo vinculado à causa debendi. […]” (Processo nº 2002.07.1.018202-6 (395762), 6ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Fernando Habibe. Unânime, Dje 09.12.2009).
“EMBARGOS À EXECUÇÃO. CHEQUES. CAUSA DEBENDI. DISCUSSÃO POSSÍVEL ANTE A NÃO CIRCULAÇÃO. PROVA QUANTO A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO DEDUZIDA PELO EMBARGANTE. EMBARGOS ACOLHIDOS. APELO IMPROVIDO. Não obstante a autonomia cambial, se os cheques não circularam é plenamente viável a discussão da causa debendi. Nos contratos bilaterais, o contratante que não cumpriu a obrigação assumida não pode pretender compelir o outro a fazê-lo.” (Apelação Cível nº 20010110574918 (Ac. 174643), 2ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Carmelita Brasil. J. 24.02.2003, unânime, DJU 25.06.2003).
Certo é que os negócios jurídicos livremente pactuados devem ser cumpridos na forma ajustada. No presente caso, o Embargado não cumpriu a obrigação que lhe correspondia na forma e prazo acordados, mas sim, realizou-a de maneira irregular, com atrasos e defeitos, o que acabou por acarretar a insolvência do Embargante.

Acerca desta questão, Caio Mário da Silva Pereira aduz que:

“[…] Cada um dos contratantes está sujeito ao cumprimento estrito das cláusulas contratuais, e, em consequência, se um não o faz de maneira completa, pode o outro opor-lhe em defesa esta exceção levada ao extremo de recusar a res debita se, cumprido embora o contrato, não o fez de maneira perfeita e cabal – excpetio non adimplenti contratctus, vale dizer que deixa de prestar e a isto não sente obrigado, porque a inexatidão do inadimplemento da outra parte equivale a falta de execução.” (PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: Contratos. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, v. III, 2004. p. 161.) 

Por tal motivo, o embargante entende correto o pagamento do valor de R$ _____ (_____ reais), relativo ao valor do material utilizado para a construção dos móveis, segundo o declarado pela própria embargada. O abatimento do preço acordado mostra-se justo frente à responsabilidade das partes e prejuízos advindos para as mesmas em face do não cumprimento do acordado. Em obediência ao § 3º do art. 917 do CPC/2015, anexa-se memória atualizada do cálculo à presente peça.

O pedido encontra guarita na jurisprudência, conforme demonstra o seguinte julgado:

EMBARGOS À EXECUÇÃO – LEGITIMIDADE PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA EXECUÇÃO – TEORIA DA ASSERÇÃO – RESPONSABILIDADE PELO DÉBITO – MATÉRIA DE MÉRITO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO – CHEQUES EXEQUENDOS – AUSÊNCIA DE CIRCULAÇÃO – POSSIBILIDADE DE A PARTE DEVEDORA ALEGAR VÍCIOS REFERENTES AO NEGÓCIO JURÍDICO FUNDAMENTAL – COMPRA E VENDA EFETUADA EM BENEFÍCIO DA EMPRESA QUE A APELANTE ADMINISTRA – EMISSÃO DOS CHEQUES PELA APELANTE EM NOME PRÓPRIO – SUB-ROGAÇÃO – BEM DESTINADO À ATIVIDADE DE MEIO DA EMPRESA – INAPLICABILIDADE DO CDC – FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO – POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO CONTRATUAL – MÁ-QUALIDADE DO BEM OBJETO DA COMPRA E VENDA CELEBRADA ENTRE AS PARTES – ABATIMENTO NO PREÇO. […] Todavia, mesmo em se tratando de relação que não seja de consumo, é possível, com fundamento no princípio da função social do contrato, que se modifiquem algumas cláusulas contratuais abusivas ou ilegais, a fim de se atingir o equilíbrio contratual. Ante a constatação de que o contrato celebrado entre as partes não atingiu sua função social de modo integral, em virtude da má-qualidade da máquina copiadora objeto de compra e venda, cumpre conceder abatimento no preço da coisa em favor da compradora, a fim de proporcionar equilíbrio entre as obrigações assumidas. (Apelação Cível nº 1.0145.05.281423-6/001(1), 18ª Câmara Cível do TJMG, Rel. Elpídio Donizetti. J. 24.04.2007, unânime, Publ. 04.05.2007).

Diante de todo o exposto, requer:

3 – PEDIDO

a) seja embargada a execução diante da inexigibilidade no pedido, julgando-se PROCEDENTE os presentes embargos, e PARCIALMENTE PROCEDENTE a execução principal, para, frente à responsabilidade e prejuízos advindos às partes, reduzir o valor exigido do embargante para a quantia de R$ _____ (_____ reais) referente ao valor do material utilizado pela embargada na construção dos móveis;

b) concessão do benefício da justiça gratuita, com fulcro no art. 98 e ss. Do CPC/2015, vez que o Autor não possui condições de arcar com o ônus processual da presente demanda sem comprometer o sustento de sua família.

Desde já, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial por perícia contábil que desde já requer.

Atribui-se à causa o valor de R$ __________ (_____ reais);

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].

EMBARGOS DE TERCEIRO – NOVO CPC

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA …ª VARA ________ DA COMARCA DE ……………………

 

___________, brasileiro, casado, (profissão), RG nº __________/SSP, CPF nº ___.___.___-__, Nascido em __/__/____, Filiação _________ e _________, Residente na Rua _________, nº __, Bairro _________, na Cidade de _________, CEP _____-___, por seu representante infra-assinado, que receberá as intimações na Rua _________, nº __, Bairro _________, na Cidade de _________, CEP _____-___, e-mail __________ (doc. 1), vem, perante Vossa Excelência, propor EMBARGOS DE TERCEIRO, com fulcro nos arts. 674 e ss. Do CPC/2015 contra __________, brasileiro, casado, (profissão), RG nº __________/SSP, CPF nº ___.___.___-__, Nascido em __/__/__, Filiação __________ e __________, Residente na Rua __________, nº __, Bairro __________, na Cidade de __________, CEP _____-___, pelas razões que passa a expor:

1 – FATOS E FUNDAMENTOS

O Embargado é autor na Ação de __________, processo nº ____________, contra __________, brasileiro, casado, (profissão), RG nº __________/SSP, CPF nº ___.___.___-__, Nascido em __/__/__, Filiação __________ e __________, Residente na Rua __________, nº __, Bairro __________, na Cidade de __________, CEP _____-___ (doc. 2).

O mesmo requereu a penhora, a qual ocorreu em __/__/__, de um caminhão marca __________, modelo _________, ano ___, placa __________, chassi nº __________, o qual se encontra registrado em nome de _____ (doc. 3).

Ocorre que o Embargante adquiriu o bem descrito do Réu por meio de contrato de compra e venda, no dia __/__/__, pelo valor à vista de R$ ______,__ (doc. 4).

Por essa razão, foi o Embargante privado do livre gozo de sua propriedade, art. 1.228 do CC, além de não poder providenciar a transferência do veículo para o seu nome.

“Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.”

Cabe ressaltar o art. 1.267 do CC, que traz que a transferência de bem móvel se opera pela tradição, a qual, como já demonstrado, ocorreu em __/__/__.

“Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.”

Além do mais, na época do negócio inexistia qualquer ação judicial ou protesto contra o vendedor (doc. 5).

Ainda que, pendente a transferência perante o órgão de trânsito, desde que tenha boa-fé, efetivando-se a transferência de propriedade de bem móvel pela simples tradição, não invalida o negócio jurídico nem os efeitos dele decorrentes, conforme julgados dos tribunais pátrios:

PROCESSUAL CIVIL – TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS DE TERCEIRO – ALIENAÇÃO DE VEÍCULO – TRADIÇÃO – PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ – FRAUDE À EXECUÇÃO – INEXISTÊNCIA. A) RECURSO – APELAÇÃO EM EMBARGOS DE TERCEIRO. B) DECISÃO DE ORIGEM – JULGADO PROCEDENTE O PEDIDO. 1 – Consoante entendimento jurisprudencial, efetivando-se a transferência de propriedade de bem móvel pela simples tradição, a falta de comunicação ao órgão de trânsito da alienação do domínio de veículo não invalida o negócio jurídico nem os efeitos dele decorrentes, afastada a presunção de fraude à Execução se a penhora não fora levada a registro antes da sua realização, menos ainda, se o Documento Único de Transferência – DUT fora apresentado ao órgão de trânsito e expedido Certificado de Propriedade de Veículo ao novo proprietário. 2 – Apelação e Remessa Oficial denegadas. 3 – Sentença confirmada. (Apelação Cível nº 0026950-75.2000.4.01.3300/BA, 7ª Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Catão Alves. J. 26.10.2010, e-DJF1 12.11.2010, p. 333).

EMBARGOS DE TERCEIRO. CONSTRIÇÃO DE VEÍCULO. COMPROVAÇÃO DE TRADIÇÃO DO BEM AO EMBARGANTE ANTES DA PENHORA. POSSE COM “ANIMUS DOMINI”. DESCABIMENTO DA PENHORA. 1. O embargante comprovou ter a posse do veículo, com “animus domini”, desde pelo menos 27 de julho de 2000, em face de dação em pagamento de dívida trabalhista, na Reclamação 1.087/00, da Vara do Trabalho de Batatais – SP. 2. A penhora ocorreu somente em 07 de agosto de 2000, sendo que o embargante foi nomeado fiel depositário. 3. Não há dúvida de que já havia ocorrido a tradição do veículo ao embargante, que se tornou o seu possuidor, ainda que não tenha promovido a transferência no departamento de trânsito, o que retira este bem do patrimônio da executada e o exclui da possibilidade de penhora. 4. Todavia, não pode a embargada arcar com os ônus da sucumbência, uma vez que a constrição somente ocorreu em face da omissão do embargante em providenciar a transferência do veículo para o seu nome. 5. Apelação improvida. 6. Parcial provimento à remessa oficial para isentar a União dos ônus da sucumbência. (Apelação/Reexame Necessário nº 0036233-16.2001.4.03.9999/SP, 3ª Turma do TRF da 3ª Região, Rel. Márcio Moraes. J. 10.02.2011, unânime, DE 18.02.2011).

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIRO. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO. RESTRIÇÃO RENAJUD. TRADIÇÃO ANTES DA CONSTRIÇÃO. MÁ-FÉ DO TERCEIRO ADQUIRENTE NÃO COMPROVADA. 1. O bloqueio judicial imposto sobre o veículo adquirido pelo embargante equivale à turbação da posse do bem, à medida que impede sua transferência no departamento de trânsito e corresponde a ato preparatório para realização da apreensão. Diante disso, afigura-se legítimo e justificado o interesse processual de agir do autor quando pretende obter por meio de Embargos de Terceiros a liberação da restrição que lhe foi imposta por medida judicial. 2. Não há prova ou indícios de ter havido má-fé ou conluio do adquirente com a revendedora do automóvel. 3. Recurso parcialmente provido. (Apelação Cível nº 20140110260803 (904666), 5ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Josaphá Francisco dos Santos. J. 28.10.2015, Dje 11.11.2015).
(grifos meus).

2 – REQUERIMENTOS

a) ANTE O EXPOSTO, requer, com fulcro no art. 678 do CPC/21015, que Vossa Excelência determine a suspensão das medidas constritivas do bem, e expeça, em favor do Embargante, mandado de manutenção de posse.

b) Requer ainda, a citação do Embargado, para que, querendo, conteste essa ação, no prazo legal.

c) Por fim, espera que os embargos sejam julgados totalmente procedentes, cancelando-se assim, a constrição, e condenando-se o Embargado nas custas e despesas processuais e honorários advocatícios em 20%, sob o valor da causa.

d) Almeja-se provar o alegado por todos os meios admitidos pelo direito.

Atribui-se à causa o valor de R$ ______,__ (_________ reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________
[Nome Advogado] – [OAB] [UF].


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