O primeiro dia de julgamento do vigia Evandro Bezerra da Silva – acusado de auxiliar o advogado e ex-policial Mizael Bispo de Souza na morte da advogada Mércia Mikie Nakashima – terminou por volta das 21 horas (horário de Brasília) desta segunda (29/07), após a oitiva de três testemunhas de acusação.
Júri – Apesar de estar agendado para começar às 9 horas, a sessão de julgamento foi aberta pela juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira, da Vara do Tribunal do Júri de Guarulhos, por volta das 11 horas – quatro homens e três mulheres foram sorteados e integram o conselho de sentença.
Logo após o sorteio dos jurados, a magistrada iniciou a fase de oitiva das testemunhas arroladas no processo – foram ouvidas três testemunhas de acusação: o advogado Arles Gonçalves Junior; o engenheiro de telecomunicações Eduardo Amato Tolezani; e o delegado Antonio de Olim, responsável pelo inquérito policial sobre o crime.
Depoimentos – O advogado da Comissão de Segurança da OAB/SP negou que Evandro Bezerra da Silva tenha sido torturado durante as investigações policiais em São Paulo. Arles Gonçalves Junior, de outro modo, esclareceu que não acompanhou o depoimento do réu em Sergipe, quando foi preso.
O engenheiro Eduardo Tolezani, autor dos rastreamentos das ligações telefônicas entre Mizael e Evandro, reafirmou os contatos entre os acusados na noite do crime, todavia, reconheceu que as análises poderiam conter “erros”. A testemunha pediu que o acusado fosse retirado do plenário durante o seu depoimento.
A última testemunha a depor foi o delegado Antonio de Olim. O policial afirmou durante seu depoimento que, apesar de não ter matado Márcia Nakashima, Evandro Bezerra da Silva participou do crime – tanto em razão de saber as intenções criminosas de Mizael quanto ao fato de buscá-lo na represa onde o corpo de Mércia foi desovado.
Incomunicável – A defesa de Evandro Bezerra da Silva teve deferido o pedido para que Antonio de Olim permaneça incomunicável até a retomada do julgamento, nesta manhã (30/07). Os advogados do réu chegaram a requerer que o delegado permanecesse durante a noite no Fórum de Guarulhos, mas o pedido não foi aceito.
O julgamento deverá ser retomado a partir das 9 horas (horário de Brasília) desta terça, com a retomada dos depoimentos das testemunhas – 10 testemunhas, no total, foram arroladas para a sessão do júri popular.
Além da juíza presidente Maria Gabriela Riscali Tojeira, participam do julgamento o promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes e o advogado Alexandre de Sá Domingues (assistente) como responsáveis pela acusação. A defesa do réu é comandada pelo advogado Aryldo de Oliveira de Paula.
12 de dezembro
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