Supremo retoma julgamento do Mensalão com José Dirceu como acusado

Os ministros que integram o plenário do Supremo Tribunal Federal retomam, nesta tarde (17/09), a partir das 14 horas, o julgamento da ação penal do Mensalão (AP 470). O tópico da denúncia a ser apreciado se refere ao “núcleo político” do suposto esquema de corrupção.

Zé Dirceu – Dentre outros acusados, figura como réu no tópico da denúncia da Procuradoria-Geral da República o ex-ministro chefe da Casa Civil – e apontado como o “cérebro” do Mensalão – José Dirceu de Oliveira e Silva.

O julgamento será retomado com a apresentação do voto do ministro relator, Joaquim Barbosa. O magistrado já anunciou, ao término da sessão de quinta passada (13/09), que talvez não tenha tempo de concluir seu voto em única sessão em razão da complexidade do tópico.

Após a conclusão de três tópicos da denúncia da PGR – desvios de recursos em contratos entre as agências de Marcos Valério com a Câmara dos Deputados e o Banco do Brasil; gestão fraudulenta; e lavagem de dinheiro –, o placar do julgamento aponta para 10 condenados e três absolvidos.

Condenados – O STF já condenou os réus Marcos Valério (corrupção ativa por duas vezes, peculato por três vezes e lavagem de dinheiro), Cristiano Paz (corrupção ativa por duas vezes, peculato por três vezes e lavagem de dinheiro), Ramon Hollerbach (corrupção ativa por duas vezes, peculato por três vezes e lavagem de dinheiro), Simone Vasconcelos (lavagem de dinheiro), Rogério Tolentino (lavagem de dinheiro), Henrique Pizzolato (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato por duas vezes), João Paulo Cunha (corrupção passiva, lavagem de dinheiro e uma prática de peculato) e os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane (os três por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro).

Absolvidos – Foram inocentados pelo Supremo, até o momento, três réus: o ex-ministro Luiz Gushiken da acusação de peculato; Ayanna Tenório das acusações de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro; e Geiza Dias por lavagem de dinheiro. O deputado João Paulo Cunha foi absolvido de uma das acusações de peculato.

O presidente da suprema corte, ministro Carlos Ayres Britto, deve colocar em debate no plenário, também na sessão desta segunda, a proposta de realização de sessões extras para a conclusão mais célere da ação penal.

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