Supremo conclui mais um dia de julgamento do Mensalão

Terminou há pouco, por volta das 20 horas (horário de Brasília), mais uma sessão do STF para o julgamento da ação penal do Mensalão (AP 470). Os ministros que integram a suprema corte ouviram a defesa de mais cinco réus acusados de suposta participação no esquema de corrupção.

Defesas – Fizeram sustentações orais na tribuna do STF, na tarde de hoje (09/08), os seguintes advogados: Marthius Sávio Cavalcante Lobado (pelo réu Henrique Pizzolato); Marcelo Leal de Lima Oliveira (Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto); José Antônio Duarte Álvares (Pedro Henry Neto); Maurício Maranhão de Oliveira (João Cláudio de Carvalho Genú); e Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo (Enivaldo Quadrado).

Novamente, a tônica das defesas foi a inexistência do suposto esquema de corrupção ou a atipicidade das condutas dos acusados. Alguns dos ministros não esconderam o cansaço e exaustão durante as falas dos advogados de defesa.

Curiosidades – Duas manifestações do advogado Sérgio Pitombo, que defende o réu Enivaldo Quadrado, chamaram a atenção durante o julgamento de hoje. Na primeira, o defensor arrancou riso do “elogio” dirigido ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel: “Vossa excelência é um homem terrível. Fala em um tom calmo (…) que os advogados devem temê-lo”.

A outra manifestação foi dirigida ao ministro Antonio Cezar Peluso, ao rebater boatos que as defesas desejariam postergar o julgamento do Mensalão: “Eu torço que Deus nos proteja e que o senhor vote nesse caso. É muito importante que essa corte faça um julgamento técnico”.

PP – Também foram ouvidas as defesas do deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e do ex-presidente nacional da sigla, Pedro Corrêa. O advogado de Henry apontou que o parlamentar só figura como réu da ação penal em razão de ter sido líder da bancada do partido na época que os fatos teriam ocorrido.

A defesa de Pedro Corrêa, de outro modo, apontou não ter existido compra de voto em troca de apoio político. O advogado explicou que os recursos recebidos pelo PP oriundos do PT eram frutos de “acordo político”, com origem e destinação lícitas.

Sexta – Durante a sessão plenária de amanhã (10/08) estão previstas a apresentação das defesas orais dos réus Breno Fischberg; Carlos Alberto Quaglia; Valdemar Costa Neto; Jacinto de Souza Lamas; e Antônio de Pádua de Souza Lamas.

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