Substitutivo de projeto de lei que criminaliza homofobia é apresentado a movimentos sociais

Foi apresentado nesta terça-feira (2/4), pela Secretaria de Direitos Humanos a integrantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais), o texto inicial de um substitutivo ao PLC (Projeto de Lei da Câmara) 122/2006 que trata da criminalização da homofobia. A proposta é mais enxuta e classifica como crimes de ódio e intolerância os crimes contra esses segmentos.

Com o novo texto, o esperado é que seja possível acelerar a aprovação da matéria que tramita desde 2006 e, assim, chegar a uma lei que criminalize especificamente os crimes de natureza homofóbica. “Ter uma legislação que trate da homofobia no Brasil é essencial”, disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Segundo a ministra, há necessidade de respostas positivas a todos os cidadãos que, por serem homossexuais, não encontram um amparo legal na lei para protegê-los. “Somente aprovando uma lei clara, que responsabilize os que pratiquem os crimes de ódio e preconceito nos casos de orientação sexual, teremos condições de proteger as pessoas dessa violência”, disse.

O texto substitutivo será discutido pelos integrantes do Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, podendo haver proposição de alterações. Após concluído, o texto do substitutivo pode ser apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que é relator do projeto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.

A integrante da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais), Keila Simpson, avalia que o substitutivo poderá permitir que as discussões sobre o texto avancem. “Vamos ler a proposta e trazer contribuições. Se classificar como crimes de ódio e intolerância pode dar mais chances de passar do que se marcar de outra forma, achamos que não traz prejuízos”.

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