O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol/MS), Alexandre Barbosa da Silva, protocolizou no final da tarde desta segunda-feira (13), ofício comunicando o governador André Puccinelli (PMDB) sobre a greve que tem início na sexta-feira desta semana. No documento, a categoria indica que a greve será por tempo indeterminado.
“Estamos protocolizando e comunicando por ofício que a Polícia Civil entra em greve a partir desta sexta-feira (17). Fizemos uma assembleia no sábado mas a proposta do governo de reajustar em 7% foi rejeitada”, afirmou Alexandre. Segundo ele, a greve é um grito de socorro da Polícia Civil. Além da reivindicação de 25% de aumento salarial, a categoria reclama da precariedade de algumas delegacias. “Nossa estrutura é precária, um exemplo disso, é Cepol, em Campo Grande, que está com o teto caindo, sem extintor e com risco de curto circuito”, destacou o presidente do Sinpol/MS.
Alexandre informou que serão atendidos somente os crimes em flagrante, crimes contra a vida, relacionados à Lei Maria da Penha e proteção à criança e ao adolescente. “O restante vai ficar prejudicado, como investigações, intimações e ordem de serviço. Se hoje com 100% do efetivo já está difícil, com apenas 30%¨vai ficar bastante prejudicado”, alertou Alexandre.
Para o delegado geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, a insitituição irá empreender todos os esforços para que a população tenha segurança. “Faremos todos os esforços para atender a população”, afirmou.
Em nota, o governo do Estado afirmou que a proposta contempla uma série de vantagens além dos percentuais de reajuste. Entre elas, a extensão da etapa alimentação para todos os integrantes da Polícia Civil, o aumento do número de vagas para promoção de escrivães e investigadores, data fixa para promoção anual em lista tríplice e equiparação dos servidores DAP com os da segunda classe.
O maior impacto social da proposta do governo é a extinção da classe dos substitutos que, incorporados à terceira classe, conquistarão, na prática, um reajuste de 28%.
O conjunto de benefícios da proposta do Governo eleva de R$ 2.361,21 para R$ 3.031,80 o piso da categoria, um avanço que será perdido caso haja insistência na paralisação das atividades. A administração estadual está detalhando as conquistas para todos os integrantes, acreditando no entendimento e reiterando que com o impasse, o projeto será encaminhado com apenas 5% de reajuste, sem qualquer outra vantagem.
12 de dezembro
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