Presos 32 acusados de compartilhar pornografia infantil pela internet

Deflagrada pela Polícia Federal (PF) para desarticular uma rede que compartilhava arquivos de pornografia infantil pela internet em vários estados do Brasil e no exterior, a Operação DirtyNet (“internet suja”, em inglês) resultou na prisão de 32 pessoas – uma delas na Bahia – por mandado de prisão ou em flagrante.

A operação foi realizada em 11 estados e no Distrito Federal. As prisões foram realizadas na Bahia (1), Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5) e Maranhão (2). Entre os presos, está o humorista de Fortaleza conhecido como Mução. Uma pessoa segue foragida.

Também foram cumpridos 50 mandados de busca que resultaram na apreensão de material, entre discos rígidos (HDs), computadores, mídias, pendrives, entre outros acessórios para armazenamento de arquivos digitais, além de câmeras fotográficas e filmadoras.

Um dos mandados de busca cumpridos em Porto Alegre resultou na apreensão de uma coleção de cerca de 5,7 mil fotos de pornografia infantil, além de diversos vídeos. O material passará pela perícia para comprovar as suspeitas de abuso e estupro de vulnerável.

Segundo a Polícia Federal, o grupo vinha sendo monitorado há seis meses, período em que os suspeitos trocaram milhares de arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.

A PF começou a monitorar o grupo há seis meses. Os arquivos compartilhados têm imagens de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.

Também foram constatados, durante a investigação, relatos de supostos outros crimes contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.

Os suspeitos agiam no anonimato e integravam um mesmo grupo que compartilhava material de pornografia infantil também com usuários da internet em mais 34 países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.

Autoridades policiais destes países já foram comunicadas pela Polícia Federal, por meio da Interpol, para que seja dado prosseguimento às investigações no exterior.