A prefeitura entrou com ação na Justiça para tentar barrar o início da greve dos médicos da rede pública municipal, que está prevista para esta quarta-feira (6). Segundo informações do procurador-geral de Campo Grande, Fábio Castro Leandro, a greve trará prejuízos para a população, por esse motivo, um pedido de suspensão imediata da paralisação foi realizado no Tribunal de Justiça. O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), Valdir Shiguero Siroma, informou que ainda não foi notificado.
Ainda de acordo com o procurador-geral, não há possibilidade de o município conceder reajuste salarial neste momento. “Não é questão de não querer, a situação financeira não permite”, declarou Fábio Leandro, explicando que os gastos com a folha de pagamento de servidores correspondem hoje a 52, 5% do orçamento de Campo Grande, quase o limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal de 54%. “O mais pesado para o município são os gastos com saúde e educação. Qualquer aumento para estas duas categorias causa um impacto absurdo”.
O presidente do Sinmed chegou a entrar em contato com os responsáveis pelas questões judiciais do sindicato, mas não recebeu informações sobre o pedido suspensão da paralisação. “Enquanto não tiver posicionamento jurídico, a greve está mantida”, pontuou. Durante a paralisação, apenas 30% do efetivo vai atuar nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e Centros Regionais de Saúde (CRS’s).
REIVINDICAÇÕES
De acordo com o Sinmed-MS, desde janeiro deste ano que a entidade tenta um acordo com a administração pública, mas a única resposta dada até o momento foi que não haveria reajuste salarial. Além de reajuste zero foram cortadas também três gratificações dos profissionais, reduzindo a assim o salário em 50%. A categoria luta também por mais investimentos na saúde, condições adequadas de trabalho e mais segurança nos postos de saúde.
15 de dezembro
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