Ophir coloca OAB à disposição para negociar com policiais em greve na Bahia

O presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante, colocou a entidade dos advogados à disposição para intermediar possíveis negociações entre o Governo do Estado e a Polícia Militar da Bahia. A greve dos policiais já dura uma semana e tem causado caos na unidade da federação, especialmente na capital Salvador. Cerca de 10 mil, dos 32 mil policiais, estão paralisados.

Diálogo – Ophir apontou sua preocupação com a situação delicada que ocorre na Bahia: “A situação é tensa, de muita intranqüilidade e de conseqüências imprevisíveis”, lamentou. O presidente da OAB pediu diálogo e disposição das duas partes: “As duas partes precisam entender que é hora de cada um ceder no que for necessário para restaurar a segurança e a ordem na Bahia”, complementou.

O presidente da seccional baiana da OAB, Saul Quadro, telefonou a Ophir e revelou que é dramática a situação no estado: “A situação é grave tanto na capital como no interior”, informou. Quadros, tal qual Ophir, pediu diálogo entre governo e grevistas: “A sociedade civil não pode mais vivenciar essa situação de insegurança”, enfatizou.

Ophir enfatizou seu apelo ao diálogo e ao término da greve em razão do Carnaval – Salvador e outras cidades praianas da Bahia são líderes dos destinos dos turistas. O presidente também pediu consciência ao Governo da Bahia quanto às condições de trabalho dos policiais: “Precisamos de uma polícia bem aparelhada, bem preparada e em condições de prover uma efetiva segurança aos cidadãos; ao mesmo tempo, devem os policiais atentar para o papel que desempenham como guardiões da ordem pública, não permitindo que um movimento reivindicatório seja motivo para se instaurar o caos. Vidas de pessoas inocentes estão em jogo”.

Violência – Desde o início da greve, a região metropolitana de Salvador já registrou 94 homicídios. Informações extra-oficiais repassadas pela OAB apontam que já ultrapassam em 100 o número de mortos.

Para enfrentar a situação crítica na Bahia, cerca de 300 militares do Exército chegaram em Salvador neste domingo (05/02) para garantir a segurança à população. Militares da Aeronáutica e outros do Exército também estão a caminho da Bahia.

Decisão Judicial – A Justiça da Bahia acolheu pedido liminar do Governo do Estado e considerou a greve ilegal. A ordem judicial determinou à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), responsável pela greve, a suspensão do movimento. Já foram decretadas a prisão de 12 líderes do movimento. Cerca de 40 homens do Comando de Operações Táticas, a tropa de elite da Polícia Federal, foram destacados para cumprir as decisões.

Ophir Cavalcante reiterou que, a qualquer momento, em caso de requerimento das partes, a OAB está preparada para intermediar o término da greve dos policiais militares da Bahia.

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