Índios se reúnem com juiz federal para definir local alternativo de moradia

No domingo (24/3), cerca de dez índios estão reunidos com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22/3). O grupo não aceitou ir para a Colônia Curupaiti, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.

Advogados, antropólogos e o ex-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Mércio Gomes, também participam da audiência. O grupo de índios e cerca de 80 manifestantes ocuparam no sábado (24/3) o Museu do Índio em Botafogo e aproximadamente 40 pessoas dormiram no local. O grupo de 13 índios que saiu pacificamente da Aldeia Maracanã na sexta-feira (22/3) foi levado pela manhã para Jacarepaguá. Eles foram alojados em abrigos provisórios montados em contêineres. Será construído no local um centro de referência e uma aldeia modelo para abrigar as diversas etnias.

O museu foi desocupado pela polícia na madrugada e os índios e manifestantes foram levados para a sede da Justiça Federal no Rio de Janeiro, onde estão até agora. A imprensa foi impedida de entrar e os manifestantes que apóiam o movimento foram colocados para fora do prédio.

No começo da tarde, o juiz foi ao local que abrigou a Aldeia Maracanã com uma comissão de cinco índios para vistoriar o prédio da Conab, que fica ao lado do prédio histórico antes ocupado pelos índios. Mas foi verificado que o local não oferece condições de abrigo. O antigo Museu do Índio está sendo vigiado pela polícia e o muro, que tinha pinturas indígenas, foi pintado de branco.

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