Uma mulher de 54 anos foi condenada pelo Tribunal do Júri de Uberlândia a 17 anos de prisão por assassinar o marido. Segundo denúncia do MPE-MG, a mulher, na condição de esposa, aproveitou os horários de visita no hospital onde o marido estava internado para envenená-lo com uma substância utilizada para matar moscas e carrapatos.
De acordo com a investigação, em outubro de 2008, por volta das 21h30, a mulher injetou o veneno sardolin na mangueira de soro ligada ao corpo do marido, internado para tratar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O frasco da substância que o matou foi encontrado por um enfermeiro no banheiro do hospital. Foi apurado ainda que além do problema de saúde, a vítima passava por dificuldade financeira.
Na denúncia, o MPE alegou que a esposa assassinou o marido enquanto ele “estava sedado, num leito de UTI, sem a mínima possibilidade de defesa, com emprego de veneno, de forma traiçoeira e por meio de emboscada, o que tornou impossível a defesa da vítima”. O envenenamento foi comprovado por meio de um laudo de necropsia.
Durante a leitura da sentença, a juíza do caso afirmou que “o crime foi cometido em circunstâncias que em nada favorecem a ré, pois a vítima foi executada sem nenhuma piedade, enquanto se encontrava dentro de uma UTI, fato que demonstra desconsideração com a vida e grave destemor à atuação das autoridades”.
Com base no Código Penal brasileiro, a juíza concedeu a ré o direito de recorrer em liberdade, “visto ter aguardado o julgamento em liberdade e porque nada há nos autos que demonstre a necessidade da decretação de sua custodia cautelar”.
15 de dezembro
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