Mais 27 policiais acusados do “Massacre do Carandiru” serão julgados a partir de hoje

O Segundo Tribunal do Júri de São Paulo retoma, nesta segunda (29/07), o julgamento dos policiais militares acusados de participação no “Massacre do Carandiru” – 111 detentos foram mortos após uma rebelião na antiga Casa de Detenção, em São Paulo, em 2 de outubro de 1992.

73 Mortes – Os 27 policiais serão julgados pelas supostas práticas de 73 crimes de homicídios qualificados (recurso que impossibilitou a defesa das vítimas) referentes aos detentos que foram mortos do 3º pavimento, do 2º andar da penitenciária do Carandiru.

O júri popular, previsto para ser iniciado a partir das 9 horas (horário de Brasília), será presidido pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo. A expectativa é que o julgamento dure cinco dias.

Estão arrolados os depoimentos de 17 testemunhas em plenário – 11 de acusação e seis de defesa. Algumas das oitivas, todavia, já foram realizadas em plenário no primeiro julgamento referente ao massacre (abril de 2013) e os vídeos com as gravações deverão ser apresentados ao conselho de sentença.

Divisão – O julgamento dos 83 policiais acusados de participação no Massacre do Carandiru foi dividido em quatro júris populares, de acordo com os andares nos quais ocorreram as mortes dos detentos.

O primeiro julgamento, realizado em abril de 2013, condenou 23 dos 26 policiais acusados a 156 anos de reclusão cada – foram julgados os réus responsáveis por 15 das 111 mortes ocorridas na rebelião.

Apesar do juiz presidente do júri, José Augusto Nardy Marzagão, fixar o cumprimento inicial de pena em regime fechado, o magistrado permitiu que os réus condenados recorressem da decisão em liberdade.

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