Justiça reconhece greve dos bancários; agências fechadas sobe para 139

Como forma de impedir os bancários de exercer seu direito de greve, o Banco Itaú, em ação de interdito proibitório contra o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso. O pedido do banco foi negado pela juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Mara Oribe. De acordo com ela, não há nenhum incidente alegado antes e durante o movimento que justifique a imediata intervenção do Poder Judiciário.

O terceiro dia de greve dos bancários está mais intenso com o aumento do número de agências fechadas em todo Estado. Cuiabá e Várzea Grande estão 99% paralisadas com o total de 88. Em todo Mato Grosso são 139.

As cidades do interior que estão em greve são Sinop, Tangará da Serra , Cáceres, Arenápolis, São José do Rio Claro, Barra do Bugres, Sorriso, Nortelândia, Barra do Garças, Confresa, Rondonópolis, Jaciara, Campo Verde, Alta Araguaia, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Lucas do Rio Verde, Diamantino, São Félix do Araguaia e Vila Rica.

Para o presidente do SEEB, Arilson da Silva, a tentativa do Itaú de impedir a greve dos bancários demonstra a intransigência do banco em negociar. “Estamos exercendo nosso direito de greve e estamos abertos ao diálogo. A decisão do TRT só fortalece nossa luta por mais segurança nos bancos, mais contratações, melhores condições de trabalho. Nossa luta é por emprego decente, vamos nos manter firmes na nossa luta”.

. Os trabalhadores estão em frente às agências para dialogar com a população sobre os serviços bancários que podem ser feitos em lotéricas e caixas eletrônicos, e esclarecendo que o auto-atendimento das agências funciona normalmente.

Entre as reivindicações da categoria está mais segurança nas agências, mais contratações, fim das altas tarifas, do assédio moral e das metas abusivas, além de reajuste salarial de 12,8% e melhores condições de trabalho.

Até o momento, mais de 6.248 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal. São 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve, quando foram paralisadas 4.191 unidades, de acordo com o balanço feito pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir dos dados enviados pelos sindicatos.

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