O dia 4 de julho de 2012 entrou para a história do futebol, especialmente à fanática torcida do Sport Clube Corinthians Paulista – pela primeira vez, em mais de 100 anos de fundação, o tradicional clube da capital paulista conquistou o título da Copa Libertadores da América.
A conquista rendeu as mais diversas e variadas homenagens – de torcedores, cronistas esportivos, críticos e daqueles que gostam do futebol. Uma delas, que saiu de uma sala de audiência da Segunda Vara do Trabalho de Campo Grande (MS), tornou-se notícia nacional.
Ata de Audiência – O fanático torcedor Márcio Alexandre da Silva – que possivelmente não se ofenderá se for chamado de “mais um louco do bando” e é juiz federal do trabalho – registrou na ata de audiência a homenagem ao time do coração.
Consignou o magistrado no procedimento: “Ao iniciar os trabalhos este magistrado pede vênia às partes e advogados presentes para prestar uma singela homenagem ao seu time do coração, o Sport Clube Corinthians Paulista, pela conquista da Copa Santander Libertadores de América. Registra, assim, seu sincero agradecimento ao técnico Tite e aos jogadores Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castan, Fábio Santos, Danilo, Ralf, Paulino, Alex, Jorge Henrique e Emerson por terem feito do dia 04.07.2012 um dos mais felizes e memoráveis para a Fiel Nação Corinthiana”.
A polêmica homenagem foi alvo de críticas, elogios, manifestações de apoio, notas oficiais da OAB/MS e do TRT-24, enquete do informativo jurídico FATO NOTÓRIO… Enfim, alguns dias após o calor dos comentários – que margearam extremidades opostas –, o juiz federal Márcio Alexandre da Silva é nosso entrevistado.
Entrevista – O juiz de direito reiterou sua nota oficial de que tal homenagem é “fato absolutamente normal e corriqueiro” no âmbito da Justiça do Trabalho. O magistrado apontou homenagens realizadas pelo TST e pela Justiça do Trabalho a Hebe Camargo (com direito ao famoso beijo “selinho”), Rogério Ceni, Dia das Mulheres, nascimento de filho de juiz e aprovação em vestibular de funcionário do tribunal, dentre outras.
Márcio Alexandre da Silva ponderou o seu zelo profissional, a rapidez e a imparcialidade com que julga os processos que estão sob sua responsabilidade: “Não houve prejuízo à prestação jurisdicional, pois eu mesmo digitei a homenagem após pedir permissão para partes e advogados. Depois, a audiência seguiu normalmente e a sentença foi proferida no mesmo dia, assim como as sentenças dos demais processos que eu instruí naquela data”.
Repúdio – De toda a polêmica, o entrevistado questiona a “nota de repúdio” expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região frente ao que voltou a taxar de “ato absolutamente normal no âmbito da Justiça do Trabalho”.
A entrevista com o magistrado abordou outros assuntos, como a Justiça do Trabalho, OAB/MS, processo eletrônico no âmbito da Justiça Trabalhista de Mato Grosso do Sul e, por fim, se o clube paulista respondeu a homenagem.
12 de dezembro
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