Judiciário terá vagas para reeducandos

O Poder Judiciário de Mato Grosso participará, de forma mais direta, do processo de ressocialização de reeducandos do sistema penitenciário, ao oferecer vagas de emprego nas comarcas. A questão foi discutida em reunião realizada nesta quinta-feira (16 de janeiro), que contou com a participação do presidente do Tribunal, desembargador Orlando Perri, e do secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Luis Antonio Pôssas de Carvalho.

Segundo Perri, o Judiciário atuará nesse processo por meio da inclusão, nos próximos editais de contratação, de cláusulas que destinem um número de vagas de trabalho para reeducandos, que poderão atuar nas comarcas em atividades de construção, limpeza e serviços gerais. Um grupo formado por juízes e representantes da coordenadoria de Recursos Humanos do Tribunal analisará as atividades que poderão ser realizadas pelos detentos.

“Sabemos que a ressocialização só acontece através do trabalho e da educação, por isso, queremos participar ainda mais de ações que contribuam para a reintegração dessas pessoas à sociedade. Faremos o que estiver ao nosso alcance para aproveitar essa mão-de-obra nas ações do Judiciário”, disse o presidente do TJ.

Para Luis Antonio Pôssas de Carvalho, quando se trata do sistema penitenciário, muitos dos avanços alcançados têm sido possíveis em razão das parcerias firmadas com prefeituras, instituições e com os outros Poderes. “Acredito que essa reunião é mais um importante passo para realização de um projeto que pode beneficiar e mudar as vidas de muitas pessoas”, afirmou o secretário.

Ele também explicou que o Estado finaliza, na próxima semana, a licitação para compra de tornozeleiras eletrônicas que serão utilizadas por detentos de alguns regimes prisionais. Para o juiz titular da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidelis, que também participou da reunião desta quinta-feira, o uso das tornozeleiras será positivo para o processo de ressocialização.

“Além de aumentar o controle, esse equipamento também dará mais segurança àqueles que auxiliam nos trabalhos de ressocialização e empregam reeducandos. Certamente será um avanço”, disse o juiz, ressaltando que é preciso dar chances para que as pessoas que cometeram algum tipo de delito possam trabalhar, estudar e retomar suas vidas.

Também participaram da reunião o desembargador Rui Ramos, o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, o secretário adjunto de Justiça, coronel Clarindo Alves de Castro, e a coordenadora do departamento de Recursos Humanos do Tribunal, Renata Guimarães. Eles marcaram uma nova reunião para a próxima semana, na qual começarão a avaliar as funções que poderão ser desempenhadas por reeducandos.

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