Internado sob custódia, sócio da boate de Santa Maria tentou se matar

Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, um dos sócios da boate Kiss, tentou se matar na noite de terça-feira (29/01). As informações são do delegado Marcelo Arigony que investiga o incêndio ocorrido na casa noturna de Santa Maria (RS).

Kiko, que está internado, sob custódia, em um hospital na cidade de Cruz Alta, teria usado a mangueira do chuveiro para tentar se enforcar. Para evitar novas tentativas, o delegado disse que precisou algemá-lo na cama.

Ele está preso temporariamente por cinco dias e deve ser posto em liberdade nesta sexta-feira (01/02). Segundo informações da revista Época (on-line), além dele, estão detidos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira e o outro sócio da boate, Mauro Hoffman.

“Pedimos a prisão temporária por 30 dias e só conseguimos cinco. Agora, precisamos renovar essas prisões e estamos com dificuldade. Não é culpa do promotor, do juiz ou do delegado, é a legislação que exige requisitos muito específicos”, explicou Arigony.

Segundo ele, há uma preocupação com a preservação de provas e com a possibilidade de que os suspeitos corrompam testemunhas. “Um deles [sócio da boate], por exemplo, tem muita influência sobre os funcionários”, afirmou.

O promotor criminal Joel Dutra explicou que o Código de Processo Penal Brasileiro prevê a substituição da prisão por medidas preventivas, como a proibição de que os suspeitos deixem a cidade. Nem a preservação da integridade física dos próprios presos, diante do clima emotivo que se estabeleceu em Santa Maria, poderá ser usada como justificativa para manter a prisão deles.

“Caberá ao Estado garantir a integridade dessas pessoas, não se pode mantê-las presas sob essa justificativa”, afirmou.

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