O major reformado do exército peruano, Telmo Ricardo Hurtado, foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos a pagar uma indenização de US$ 37 milhões (R$ 62 milhões) pela operação que terminou na morte de 69 pessoas. O dinheiro irá para dois sobreviventes e herdeiros das vítimas. A informação é da AFP.
Em 1985, Hurtado liderou uma operação na qual patrulhas realizaram um massacre contra moradores da comunidade de Accomarca como parte de uma ofensiva contra a guerrilha Sendero Luminoso.
Na terça-feira (4/3), o juiz federal Adalberto Jordan condenou Hurtado, que era acusado por torturas, crimes de guerra e crimes de lesa humanidade, a indenizar duas mulheres. Teófila Ochoa Lizarbe e Cirila Pulido, que tinham na época apenas 12 anos de idade, sobreviveram à matança.
Cirila se escondeu dos soldados em sua casa, onde sua mãe e seu irmão morreram. Teófila, que perdeu a mãe e cinco irmãos na tragédia, correu para um bosque próximo e se escondeu atrás de uma pedra.
O exército obrigou os moradores de Accomarca a sair de suas casas e os concentrou em um prédio que foi metralhado e em seguida queimado. Mulheres foram levadas para um campo próximo, onde foram estupradas.
Hurtado, de 46 anos, foi preso em Miami em 2007 e está sob custódia americana à espera da extradição para o Peru. A Justiça peruana já o havia condenado em 1993 a seis anos de prisão por seu envolvimento na matança, mas ele foi beneficiado por uma anistia, anulada em 2002.
Revista Consultor Jurídico
12 de dezembro
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