O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) entregou, nesta quarta-feira (19/11), ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, uma cópia da gravação da reunião na Polícia Federal, em que o delegado Protógenes Queiroz foi afastado da Operação Satiagraha. Nela, são investigados o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Durante as investigações, há suspeita de que Protógenes determinou o monitoramento dos telefones da presidência do STF.
Na reunião da PF, de quase três horas, que aconteceu no dia 14 de julho, o delegado foi acusado, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, de conduzir uma ação repleta de irregularidades e “fora dos padrões”, além de omitir informações sobre os mandados de prisão. Foi questionado também se privilegiou a Rede Globo quando da prisão do ex-prefeito Celso Pitta.
Jungamann quer que Protógenes explique porque e para que mandou, ilegalmente, grampear o telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal. O deputado declarou que não está perseguindo o delegado e nem tem qualquer interesse em defender Daniel Dantas. “Se for comprovado que ele cometeu os crimes, eu realmente espero que vá para a cadeia. Mas crime não se combate com crime”, disse Jungmann. “Senão vamos acabar aceitando tortura como método de investigação”, completou.
Revista Consultor Jurídico
12 de dezembro
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