Homicídio de pastor em São Sebastião será julgado nesta quinta-feira, 23/1

Um tiro na nuca ceifou a vida do pastor Elcio Américo Wordell. Ele estaria sentado em uma cadeira quando foi ameaçado pelas costas por um homem que sequer chegou a anunciar o assalto. Ao tentar levantar-se, o disparo fatal pôs fim à vida do pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada na Rua da Gameleira, em São Sebastião/DF. Mas, pôs fim também a um assalto aparentemente articulado e à liberdade de quatro rapazes. O crime será julgado pelo Tribunal do Júri de São Sebastião nesta quinta-feira, 23/01, a partir das 9h.

Sentarão no banco dos réus Felix Nicolau de Lima Neto, 28 anos, Adailton Ferreira de Matos, 36, Michel Jackson Oliveira Barros, 24, e Wherli Moura da Silva, 20. Todos foram pronunciados para responder perante o júri popular por homicídio qualificado por motivo fútil e praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (art. 121, § 2º, incisos II e IV, c/c art. 29 e c/c § 3º do art. 20, todos do Código Penal).

Os fatos ocorreram no dia 27 de abril de 2012, por volta das 17h, no Setor Residencial Oeste, dentro da loja Luiza Casa e Construção, onde há um posto de atendimento do BRB Conveniência. Narra a denúncia que Felix trabalhava na loja e sabia que o pastor transportaria a quantia de R$ 2,9 mil para ser entregue à tesouraria da igreja. Ele teria chamado Adailton para participar da empreitada criminosa, colocado à disposição seu próprio carro e fornecido duas armas ao grupo. Adailton, por sua vez, teria recrutado Michel e Wherli.

Acertos realizados, os quatro acusados teriam se dirigido à loja. Conforme a acusação, Felix estacionou o carro em uma rua próxima, manteve o motor ligado e as portas abertas. A ideia seria dar fuga rápida aos outros três após o assalto. Adailton e Michel permaneceram na entrada do estabelecimento para dar cobertura ao comparsa Wherlei. Foi quando as coisas aparentemente saíram do script. Wherlei entrou na loja e abordou o pastor Elcio que se encontrava sentado em uma cadeira. Relata a denúncia: “Wherlei encostou a arma de fogo na nuca da vítima e proferiu uma ameaça de morte para que ela não reagisse. Antes que Wherlei anunciasse o assalto, a vítima tentou se levantar, momento em que o denunciado, demonstrando total insensibilidade com a vida de seu semelhante, efetuou um disparo de arma de fogo contra a nuca da vítima, matando-a naquele momento.”

Após o disparo, o trio abandonou o local e fugiu em direção ao veículo onde Felix os aguardava para a fuga. No entanto, uma viatura da Polícia Militar passava pelo local e “visualizando a referida cena, no exato momento em que o trio de assaltantes ingressava no interior do veículo, efetuou a prisão em flagrante do quarteto, apreendendo duas armas utilizadas para o crime”, conclui o Ministério Público.

Ouvido em juízo, Wherli confessou ter efetuado o disparo. Disse, no entanto, que havia feito uso de várias drogas e que quando viu a vítima, acreditou que fosse uma das pessoas com quem tinha “guerra”. Os outros acusados não admitiram a autoria do crime.

Processo nº 2012.12.1.002305-2

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