A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira, da Vara do Tribunal do Júri de Guarulhos (SP), acaba de ler a sentença de Evandro Bezerra da Silva – o vigia foi condenado a 18 anos e oito meses de reclusão por duplo homicídio qualificado em face da advogada Mércia Mikie Nakashima.
Sentença – Os jurados – quatro homens e três mulheres – acolheram as teses do Ministério Público e consideraram o vigia co-autor do crime cometido pelo ex-namorado de Mércia, o advogado e ex-policial Mizael Bispo de Souza, já condenado a 20 anos de reclusão pelo crime.
Riscali Tojeira fixou o regime fechado como o inicial para o cumprimento da pena e negou o direito de Evandro Bezerra da Silva recorrer da sentença em liberdade – o réu permanecerá preso durante eventual interposição de recurso de apelação.
Debates – A fase de debates orais entre acusação e defesa foi iniciada por volta das 11 horas (horário de Brasília) desta quarta (31/07). A pedido de ambas as partes, a magistrada presidente deferiu o pedido de dilação de tempo para duas horas para a apresentação das teses da acusação e da defesa.
Acusação – O primeiro a falar foi o promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes. O representante do órgão ministerial insistiu na responsabilidade de Evandro Bezerra da Silva no crime: “Ele é culpado e participou do crime, deve responder pelo mesmo crime”, afirmou.
O assistente de acusação, Alexandre de Sá Domingues, reiterou a participação de Evandro no crime e não poupou palavras para se referir ao réu: “cachorro e covarde”. O advogado afastou a existência de tortura para que Evandro confessasse o crime em Sergipe.
Defesa – Os advogados que fizeram a defesa de Evandro Bezerra da Silva iniciaram suas explanações após o almoço, por volta de 14 horas. O primeiro a falar foi Ricardo Ponzetto, que sustentou a inexistência de provas – apenas “suposições” – para a condenação do réu.
Ponzetto creditou a uma “relação profissional” a relação entre Evandro e Mizael Bispo de Souza, especialmente para justificar a ocorrência de 19 chamadas telefônicas entre ambos no dia do crime.
O segundo advogado de defesa, Aryldo de Paula, exibiu as imagens de uma escrivã de polícia que foi obrigada pelo delegado a se despir em delegacia, para questionar os trabalhos da Polícia Civil – o procurador insistiu que houve tortura para a confissão do réu. O advogado encerrou suas palavras requerendo o benefício da dúvida e a consequente absolvição do acusado.
Réplica e Tréplica – O promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes pediu a réplica nos debates e, desta forma, a defesa de Evandro Bezerra da Silva utilizou a tréplica durante a fase, que foi encerrada por volta das 19 horas.
12 de dezembro
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