A Universidade Presbiteriana Mackenzie negou que o promotor Rogério Leão Zagallo tenha deixado a instituição em razões das polêmicas declarações na semana passada, quando, em sua conta na rede social Facebook, ofendeu manifestantes dos protestos pela diminuição das passagens de ônibus em São Paulo e pedindo que a tropa de Choque os executassem.
De acordo com a assessoria da entidade, em resposta à reportagem de Última Instância, Zagallo, que dá aulas de direito processual penal, já havia sido informado que deixaria a casa antes da publicação da mensagem. O desligamento ocorreu juntamente com outros profissionais, em um procedimento que ocorre a cada fim de semestre letivo.
De acordo com a edição desta quinta-feira (13/06) o jornal Folha de S.Paulo, ele declarou a seus alunos que não fará mais parte do corpo docente da universidade a partir do próximo semestre, após a universidade ter decidido não renovar seu contrato.
O relato de Zagallo ocorreu na última quinta-feira (6/6), durante o primeiro grande protesto organizado pelo coletivo MPL (Movimento Passe Livre). Após a repercussão da mensagem, ele afirmou que se tratava de um “desabafo” e se desculpou.
Segue a íntegra da declaração de Zagallo, com cortes nas palavras de baixo calão:
“Estou há duas horas tentando voltar para casa mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria lima e a Marginal Pinheiros. Por favor, alguém poderia avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da p… eu arquivarei o inquérito policial. Petistas de m… Filhos da p…. Vão fazer protesto na p…que pariu. Que saudades da época em que esse tipo de coisa rea resolvida com borracha nas costas dos medras…”.
A reportagem de Última Instância procurou o promotor no 5ª Tribunal do Júri em São Paulo, mas ele não retornou a ligação.
“Tem que tomar tiro pra morrer”
Zagallo, que lembra que seu perfil no Facebook é restrito, já havia se envolvido em polêmica em 2011, quando deu um parecer favorável ao arquivamento de um processo sobre um suposto assalto contra um policial civil que terminou com um suspeito morto. Na ocasião, ele argumentou que “bandido que dá tiro para matar tem que tomar tiro para morrer”. O caso, ocorrido em 16 de setembro de 2010, foi considerado pelo promotor como ato de “legítima defesa” ocorreu em setembro de 2010. O texto da promotoria é de 24 de março de 2011.a um policial civil em um processo sobre assassinato.
Em seu parecer, Zagallo disse “lamentar, todavia, que tenha sido apenas um dos rapinantes enviado para o inferno” e aconselhou o policial Marcos Antônio Teixeira Marins: “Fica aqui um conselho para Marcos Antônio: melhore sua mira”.
12 de dezembro
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