O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro e responsável pelas investigações sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, decidiu, no sábado (3/8), intimar o PM (Policial Militar) Juliano da Silva Guimarães a prestar depoimento. O policial faz parte da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.
Juliano contou que um tio dele, motorista de um caminhão de lixo na comunidade, foi obrigado por traficantes a levar um corpo para um depósito de lixo no bairro do Caju, na região portuária. A informação sobre a convocação do militar foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil e o policial deve prestar depoimento na próxima semana.
Amarildo está desaparecido desde o dia 14 de julho, quando foi levado por PMs à sede da UPP da Rocinha e depois não foi mais visto. O comandante da UPP, major Edson dos Santos, disse que o pedreiro deixou a unidade caminhando, após prestar esclarecimentos. Duas câmeras de monitoramento da base da UPP, que poderiam confirmar a versão do oficial, não estavam funcionando naquela noite. Os equipamentos de GPS (Sistema de Posicionamento Global, por satélites) das viaturas da UPP também estavam desligados, impedindo de se conhecer o trajeto dos carros.
Parentes do pedreiro e moradores da comunidade têm feito manifestações frequentes pedindo informações sobre o paradeiro dele. O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse em entrevista que também quer saber onde está o pedreiro. O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse, na sexta-feira (2/8), que se for comprovado envolvimento de policiais no desaparecimento de Amarildo, eles serão expulsos da PM e levados à Justiça.
16 de dezembro
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