A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados pode votar hoje a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Os dois já autorizaram a abertura de seus sigilos.
Na terça-feira (12), o governador de Goiás havia se recusado a abrir os sigilos, alegando que era testemunha e não acusado nas investigações da CPMI. Com a decisão de ontem de Agnelo Queiroz de autorizar a quebra de seus sigilos pela CPMI, Marconi voltou atrás e também autorizou o acesso a seus dados fiscais, bancários e telefônicos.
Mesmo com a decisão dos dois governadores, a comissão precisa votar os requerimentos para formalizar a abertura dos sigilos.
Novas convocações
Os parlamentares também podem votar requerimentos para novos depoimentos. Entre eles, estão os pedidos de convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish.
No caso de Pagot, há nove requerimentos que pedem seu depoimento na CPMI. Ele já manifestou desejo de depor. O Dnit é um dos órgãos do governo federal com o maior volume de contratos com a empresa Delta, apontada pela PF como um dos braços do esquema de corrupção de Cachoeira.
Ao todo, há 194 requerimentos aguardando votação. Na semana passada, deputados e senadores pressionaram para que parte desses requerimentos fosse votada, mas os pedidos acabaram não sendo analisados por decisão do presidente interino da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o que gerou protestos de parte dos integrantes.
A reunião está marcada para as 10h15 na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado.
16 de dezembro
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