Após dois meses marcados por depoimentos sem respostas, a CPI do Cachoeira poderá dar um importante passo nesta terça-feira (12), quando ouvirá o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Em pauta estarão as relações do tucano com o contraventor Carlinhos Cachoeira e uma série de contradições entre ele e outros personagens do escândalo.
“A polícia não pode ouvir quem tem foro privilegiado como nós faremos, é essa a diferença fundamental”, diz o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). O depoimento está marcado para as 10h15.
A principal dúvida dos parlamentares diz respeito à venda de uma casa de Perillo. Ali, Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, durante a Operação Monte Carlo. O governador diz ter recebido do sobrinho de Cachoeira R$ 1,4 milhão pelo imóvel, valor pago com três cheques. O empresário Walter Paulo Santiago afirma ter pagado pela residência a mesma quantia em dinheiro a um assessor do tucano.
A CPI já ouviu duas pessoas sobre o assunto. O ex-vereador Wladimir Garcez declarou que comprou a residência de Perillo. Mas, como não dispunha do R$ 1,4 milhão cobrado, emprestou o dinheiro de Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste. A compra teria sido efetivada com três cheques, os quais, segundo a PF, foram assinados por um sobrinho de Cachoeira.
16 de dezembro
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