Capital conta com duas varas da violência doméstica contra a mulher

Foi instalada na última sexta-feira, dia 23 de novembro, a 2ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campo Grande. A sessão solene foi realizada no plenário do Tribunal do Júri do Fórum Heitor Medeiros.

Nesta segunda-feira (26) os trabalhos de redistribuição dos mais de sete mil processos que estavam em andamento na 1ª Vara de Violência Doméstica já começaram. Até o início desta tarde, a 2ª Vara da Violência Doméstica já recebeu 2.048 processos digitais e outra parcela de processos físicos também está sendo remetida para a vara. O cartório está localizado no 3º andar, bloco III e o gabinete do juiz fica situado no 2º andar, bloco II.

O presidente do Tribunal de Justiça, Hildebrando Coelho Neto, comentou durante a cerimônia de instalação da vara que a população será beneficiada com a agilidade no andamento dos feitos. No entanto, o presidente do TJ ressaltou que ampliar o número de varas especializadas nos crimes contra as mulheres não resolve o problema. Para ele, é preciso combater a violência contra as mulheres em seu nascedouro, ou seja, na educação familiar.

Em seu discurso durante a solenidade de inauguração da vara, o juiz Diretor do Foro de Campo Grande, Luiz Antônio Cavassa, mencionou que é impressionante o número de mulheres vítimas de violência de gênero, onde a vítima é obrigada a dormir com o inimigo, justamente em um local onde deveria ser de paz, ou seja, no próprio lar. Para ele, é enfim chegada a hora do combate à violência contra a mulher se tornar uma prioridade.

A Subdefensora Pública-Geral do Estado, Nancy Gomes de Carvalho, elogiou o presidente do Tribunal que, com recursos escassos, conseguiu priorizar a instalação dessa vara especializada, com um olhar todo especial para o jurisdicionado.

A 2ª Vara de Violência Doméstica conta com o juiz José Carlos de Paulo Coelho e Souza como titular. Vindo da Comarca de Dourados, o magistrado comenta que “será um desafio, contudo, me coloco na condição de aprendiz e espero ter sensibilidade e a percepção da situação de violência doméstica e familiar, que existe e assola muitas famílias. Como primeira meta, já orientei minha equipe a digitalizar os processos que ficarão sob nossa responsabilidade, pois, digitalizados, os autos tramitam mais rápido”, explicou ele.

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