Bola chora e juíza rejeita pedidos da defesa em primeiro dia de julgamento

Apontado como homem frio e calculista e um ex-policial cruel, o acusado da execução de Eliza Samúdio, Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, chorou durante boa parte do primeiro dia de seu júri popular – iniciado ontem (22/04).

Atrasos – Previsto para começar às 9 horas, o julgamento só foi iniciado, de fato, por volta da hora do almoço. A juíza presidente, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, apreciou preliminares da defesa, ouviu o parecer do Ministério Público e, por fim, determinou a localização de uma testemunha que não havia comparecido ao julgamento.

O advogado Ércio Quaresma, que comanda uma equipe de 12 advogados responsáveis pela defesa de Bola, requereu o adiamento do júri, sob o fundamento da ausência de uma testemunha (delegada Alessandra Wilke) considerada chave pela defesa. O pedido foi indeferido.

A defesa também requereu a retirada da certidão de óbito de Eliza Samúdio dos autos. Como o pedido foi rejeitado, Quaresma requereu que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues declarasse a incompetência do Tribunal do Júri de Contagem para o município de Vespasiano (MG) – local onde o crime teria se consumado.

O órgão ministerial também requereu que fossem retiradas fotos e vídeos dos autos, nos quais Bola aparece manuseando armas de fogo de grosso calibre em treinamento bélico. A julgadora acolheu as razões do MP que as imagens poderiam influenciar os jurados.

Jurados – O conselho de sentença, formado por quatro homens e três mulheres, foi escolhido por volta das 15:30 horas (horário de Brasília). Neste mesmo horário, Marcos Aparecido dos Santos entrou pela primeira vez no plenário do julgamento.

Na sequência do julgamento, a juíza Marixa Lopes Rodrigues determinou a oitiva da delegada Ana Maria dos Santos, que atuou nas investigações na época do crime – a testemunha, que já havia participado dos dois júris anteriores, foi ouvida a pedido do juízo.

A oitiva da delegada foi extremamente longa – pouco mais de seis horas – e terminou por volta das 23 horas. Dentre outras informações, Ana Maria dos Santos narrou o depoimento de Jorge Lisboa Rosa, primo do ex-goleiro Bruno, que foi a primeira testemunha a revelar que Eliza Samúdio havia sido, realmente, morta.

A delegada informou que a narração fática apresentada pela testemunha era congruente e rica em detalhes. Ana Maria dos Santos também esclareceu que Jorge afirmou ter se arrependido de participar da morte de Eliza, pois Macarrão teria lhe afirmado que só dariam um “susto” na vítima.

Retomada – O julgamento de Bola prossegue nesta terça (23/04) a partir das 9 horas.

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