O Banco do Brasil bateu recordes de financiamento de veículos em maio. A liberação de recursos se acelerou nas duas últimas semanas, após as medidas do governo para estimular o setor automotivo, afirmou o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Abreu em teleconferência com a imprensa há pouco.
Logo após os anúncios das medidas, o BB passou a liberar R$ 60 milhões por dia para financiar carros no segmento de pessoa físicas. Ontem, o volume chegou a R$ 87 milhões. “Bateu todos os recordes históricos”, disse Abreu.
Em abril, primeiro mês de redução de juros dentro do programa Bompratodos do BB, a média diária de liberação no financiamento de veículos foi de R$ 30 milhões. Em maio, antes do pacote de medidas do governo, que incluiu mudanças no depósito compulsório, a média estava em R$ 35 milhões. Em março, antes do início do programa de corte de juros, os desembolsos diários eram de R$ 11 milhões.
O BB ainda não tem um balanço consolidado das suas operações de empréstimos em maio. Abreu diz que o mês bateu recorde na concessão de crédito em geral, considerando a história recente do banco.
Financiamento imobiliário
O Banco do Brasil estima que sua carteira de crédito imobiliário cresça acima de 100% este ano. Um dos estímulos para isso é a redução de juros anunciada para o segmento, destaca Alexandre Abreu.
A meta inicial do BB para 2012 era que a carteira imobiliária crescesse até 100%. “Este número agora é o piso”, disse o executivo em teleconferência com a imprensa há pouco, sem especificar qual o novo porcentual de expansão prevista.
O BB quer chegar ao final de 2014 ou no início de 2015 como o segundo maior banco no financiamento imobiliário, mercado hoje dominado pela Caixa Econômica Federal, com 75% dos empréstimos. O Itaú é o segundo colocado, com cerca de 9% do setor. O BB ocupa o quinto lugar, com cerca de 4%. “Nesse ritmo que estamos crescendo, temos condições de chegar ao segundo lugar”, disse o diretor da área de crédito imobiliário do BB, Gueitiro Matsuo Genso.
Hoje o BB anunciou redução das taxas do financiamento imobiliário. Para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, por exemplo, o juro foi reduzido de 10% ao ano mais a TR para 8,9% ao ano mais a TR. Com o pagamento das prestações em dia, a taxa cairá para 8,4%. Se o cliente também receber o salário no BB, a taxa será ainda menor, de 7,9% e TR.
O BB financia imóveis residenciais, novos ou usados, em até 360 meses e até 90% do valor do imóvel. As taxas reduzidas entram em vigor para operações contratadas a partir do próximo dia 4 de junho. Quem já tomou crédito habitacional no BB, segundo Matsuo, não vai poder ter direito as novas taxas. Segundo ele, os custos do refinanciamento inviabilizam a troca pelo juro menor.
12 de dezembro
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