AMB emite nota oficial e “rejeita” declarações de Joaquim Barbosa

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Henrique Nelson Calandra, emitiu nota oficial no final desta tarde (20/03), na qual afirma que “rejeita com veemência as afirmações genéricas” de Joaquim Barbosa sobre o relacionamento entre juízes e advogados.

“Sem Conluio” – Nelson Calandra apontou que a convivência entre magistrados e advogados, ao contrário das declarações de Joaquim Barbosa, “não representa ‘conluio’ ou ‘decisões fora da regra’”.

A AMB encerra a nota, destacando que Joaquim Barbosa, não pode utilizar desvios de condutas que tiver conhecimentos para “declarações maldosas que atinjam a imagem de todos os Magistrados que honram o Poder Judiciário. As generalizações resultam sempre em injustiça”.

Conluio – O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, Joaquim Barbosa, afirmou, durante a sessão do CNJ de ontem (19/03), que há conluio entre advogados e magistrados.

Joaquim Barbosa disse ao desembargador federal Tourinho Neto, que apresentava seu voto em procedimento administrativo disciplinar contra determinado magistrado acusado de irregularidades, que “há muitos (juízes) para colocar para fora. Esse conluio entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. Nós sabemos que há decisões graciosas, condescendentes, absolutamente fora das regras”.

Acompanhe a seguir a íntegra do conteúdo da nota oficial expedida pela Associação dos Magistrados Brasileiros.

“A AMB rejeita com veemência as afirmações genéricas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, a respeito das relações entre Juízes e Advogados.

Ao contrário do que ele disse, a convivência entre Magistrados e Advogados não representa “conluio” ou “decisões fora da regra”.

A AMB, reunindo seu Conselho de Representantes em Brasília nesta quarta-feira, lembra ao presidente do STF que eventuais desvios, dos quais ele porventura tenha conhecimento, não podem servir jamais de base para declarações maldosas que atinjam a imagem de todos os Magistrados que honram o Poder Judiciário. As generalizações resultam sempre em injustiça.